No próximo dia 24, último sábado do mês, Tatuí sediará evento inédito. Trata-se do “1º Slam Tatu”, que consiste em uma “batalha de poesia falada e autoral”. A iniciativa é da escritora, poetisa e realizadora de saraus Flor, Priscila.
De acordo com o regulamento, os poemas a serem apresentados pelos participantes podem ser de qualquer tema e em qualquer estilo. Cada poeta tem de apresentar textos originais e de autoria própria. Não é permitido o uso de elementos visuais ou fantasias, como auxílio, ou peça que possa servir de figurino.
Também está vedado o uso de instrumentos musicais, músicas pré-gravadas ou beats (batidas). Será permitido aos poetas citar palavras e letras de obras de outros autores, desde que o trecho não forme o texto inteiro.
As rodadas são eliminatórias e os poetas têm três minutos para as declamações. O regulamento prevê um acréscimo de dez segundos para a conclusão da apresentação. Passado esse período, serão aplicadas penalidades.
Elas consistem nas perdas de 0,5 ponto para quem chegar a 3min20s; de 1 ponto quando a apresentação terminar em 3min30s; de 1,5 para o tempo de 3min40s; e de 2 pontos para os poetas que encerrarem performance em 3min50s. Caso o tempo se exceda mais, haverá desconto de 0,5 ponto a cada dez segundos.
O ganhador ou ganhadora levará para casa um prêmio surpresa. As disputas têm início a partir das 18h. Elas serão realizadas na praça “Paulo Setúbal” (Barão).
A escolha do vencedor ficará a cargo de jurados escolhidos “na hora”. Eles darão notas de 0 a 10 pontos, que podem ser fracionadas, conforme a organizadora.
Flor, Priscila é autora do livro de contos “A Marcha das Efêmeras”. Também idealizou a intervenção “Poemadado” e mantém os “blogues” (diários virtuais) “Antologia Feminina” e “Flor, Priscila”. Ela ainda fundou, no município, a Flico (Feira Literária Colaborativa), realizada em setembro de 2017.
Neste ano, a escritora traz para a cidade o conceito do slam, criado nos anos 1980, em Chicago, nos Estados Unidos. Segundo texto informado pela artista, a batalha nasceu “ao mesmo tempo em que a cultura hip-hop tomava forma”.
A chegada do slam ao Brasil aconteceu duas décadas depois, nos anos 2000, quando aconteceu o campeonato ZAP (Zona Autônoma da Palavra), trazido pelo Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, um coletivo paulistano de teatro hip-hop.