Banco de Alimentos quer superar a sua meta de atendimento em 2016





O Banco de Alimentos “Zacharias Nunes Rolim” atende a 274 famílias locais, por meio de uma parceria entre a Prefeitura e o governo federal, incentivando o aproveitamento integral dos alimentos. A meta estipulada pela administração municipal é chegar a 400 famílias até o final do próximo ano.

“No início de 2013, eram 120 famílias. Nós queríamos ter chegado a 400 famílias atendidas pelo banco este ano, mas não conseguimos. Mantivemos o mesmo número do ano passado”, afirmou o coordenador do Banco de Alimentos, Dácio Vieira de Camargo Neto.

Um dos principais objetivos do programa é evitar o desperdício de comida. Por isso, é feita a distribuição de frutas, verduras, legumes, hortaliças e outros tipos de alimentos frequentemente incorporados às cestas.

Os alimentos são adquiridos por meio de convênios com o governo federal, em parceria com a Cooperativa de Produtores Rurais, por doações de supermercados e arrecadações em eventos.

A lista atualizada tem 163 famílias aguardando vaga para inclusão. Segundo a assistente social do banco, Lenira Martins, para serem cadastradas, as famílias passam por entrevista.

Ela conta que as pessoas com alguma vulnerabilidade mais óbvia, como portadores de necessidades especiais, famílias com enfermos e idosos ou carentes de alimentos têm prioridade.

Após as entrevistas, são agendadas visitas domiciliares para confirmar as informações passadas pelos candidatos. Em seguida, a assistente social analisa as pessoas que se enquadram nos critérios exigidos pelo programa.

Segundo Lenira, a renda familiar conta para utilização do benefício, que varia de acordo com o programa Bolsa Família, do governo federal.

“As pessoas que já recebem o Bolsa Família, nós já sabemos que têm a renda equivalente para o recebimento, que não pode passar de R$ 140”, comentou a assistente.

Lenira afirma que há ocasiões em que as pessoas tentam enganar os entrevistadores em benefício próprio. “Alguns nós já percebemos na hora da entrevista mesmo. Mas, tem gente que solicita a cesta de alimentos e possui carro, ou tem uma aposentadoria boa”, contou.

Segundo a assistente social, as famílias que não justificarem a não retirada das cestas por três semanas consecutivas têm o cadastro cancelado. Além disso, a cada três meses, as famílias são acompanhadas por ela para que se perceba a evolução.

Ela explica que existem casos em que as cestas são entregues em domicílio ou deixadas no Fundo Social da região. Isso acontece quando há um grande número de beneficiários concentrado em um mesmo ponto da cidade.

O banco estima distribuir 33 toneladas de alimentos até o final do ano. Além das famílias, os produtos são destinados a 28 instituições, como creches, lar de idosos e casas de recuperação. No ano passado, o programa fechou o ano com média de 44 toneladas.

Segundo Camargo Neto, apesar de o número ter diminuído, as doações atenderam à demanda normalmente. Um problema no contrato entre a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e a cooperativa de Itapetininga pode ter contribuído para a queda na arrecadação.

Neto explica que o banco recebe alimentos dos produtores que chegam por meio de contrato firmado entre o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e as cooperadoras de quatro cidades (Tatuí, Itapetininga, Capela do Alto e Campina do Monte Alegre).

Ele alega que o problema no contrato entre as duas partes pode ter afetado o número de recebimento e de entrega em outras cidades.

“Isso prejudicou pouco, mas, como a cooperativa de Campina do Monte Alegre entrou esse ano, foi bom, porque supriu o problema em Itapetininga”, ressaltou Neto.

Apesar disso, o diretor do banco afirmou estar animado com a nova unidade da Coop (Cooperativa de Consumo) em Tatuí, que já está colaborando com novas doações.

Segundo Neto, os alimentos da unidade chegam em boas condições, pois, muitas vezes, são alimentos que os comerciantes consideram que o comprador não vai querer levar, mas que podem ser consumidos normalmente.

“De lá, são doados de 10 a 12 mil quilos de alimentos por mês, que passam por uma triagem e que são aproveitados 80% desses alimentos. Agora, com a nova Coop, a expectativa é dobrar esse número”, comemorou.

Para atender a todas essas pessoas, o banco conta com uma horta mantida na sede. Uma estagiária e um funcionário trabalham diariamente na manutenção. Todo mês são colhidos 260 quilos de hortaliças.

“Tem que fazer o manejo da vegetação, plantar mudas ou sementes, regar e ver as necessidades do dia também. Se tiver canteiro para carpir ou algum agroquímico para usar”, contou a estagiária de agronomia, Edinara Frederico.

Na horta, são produzidos alface lisa e crespa, escarola, cebolinha, jiló, couve, batata-doce, espinafre, hortelã, manjericão, cheiro-verde, abóbora, além de frutas, como banana, goiaba, limão, amora e acerola.

A equipe espera aumentar a produção quando a nova horta for concluída. Segundo o diretor do banco, as obras para construção do local em novo terreno já foram iniciadas, mas estão paradas.

De acordo com ele, por falta de verba da Prefeitura, as obras só devem ser retomadas no ano que vem. Ele espera dobrar o número de colheita com a nova horta, que deve ter cultivos maiores, como batatas e mandiocas.

A unidade possui, atualmente, 18 funcionários divididos entre as áreas da cozinha, higienização, triagem, organização dos alimentos, limpeza, entrega, motorista e escritório.