ACE estima aumento de 2% e poucos temporários no Natal

 

A ACE (Associação Comercial e Empresarial) de Tatuí espera crescimento de até 2% nas vendas de Natal. De acordo com a presidente do órgão, Lúcia Bonini Favorito, tanto os comerciantes quanto os clientes “estão com o pé no freio” e segurando aumento de custos.

“O povo está economizando, pagando as contas e comprando o que é essencial. Quando chegar dezembro, acredito que os clientes não vão deixar de comprar, mas vão tentar gastar menos com os presentes”, ponderou.

Segundo Lúcia, o tíquete médio dos presentes natalinos tende a ser menor neste ano, por conta das incertezas enfrentadas pela economia nacional e, sobretudo, do desemprego.

De janeiro a setembro deste ano, foram fechadas 253 vagas de trabalho em Tatuí. Nos 12 meses compreendidos entre setembro do ano passado e o deste ano, a cidade perdeu 947 postos de empregos formais.

Além do aumento do desemprego, as indústrias locais estão com menos pedidos e geram menos renda. O resultado é menos dinheiro circulante na cidade, o que impacta nas compras do comércio e contratação de serviços.

“Quando tem crise, o povo gasta menos. Para fazer frente a isso, nós orientamos os comerciantes a disponibilizarem, ao fundo da loja, uma área destinada aos produtos com descontos, os ‘outlets’”, explicou.

A presidente da ACE afirmou que os outlets se mostraram uma “boa solução” para aumentar a venda, agradar aos consumidores e esvaziar os estoques. Produtos que estão com poucas peças disponíveis ou de coleções passadas são disponibilizados com preços atrativos.

“Nós estamos fazendo isso há três anos, e vem dando resultado nas lojas. Tem alguns lojistas que deixam permanentemente uma área para as promoções”, contou.

Além das promoções, os lojistas locais estão tentando atrair a atenção dos consumidores com o crédito. Parcelamento em até seis prestações sem juros, no cartão ou crediário próprio, são diferenciais levados em conta, segundo Lucia.

“A maioria das lojas financia no cartão de crédito. O cliente não deixa de comprar, mas também não se endivida. Além de tudo, fazemos sem juros o parcelamento, e o cliente tem maior poder de compra”, explicou.

O Dia das Crianças serviu como “termômetro” para o que acontecerá no Natal, disse a presidente. A exemplo da data infantil, as festas de final de ano terão “pequeno crescimento”, o suficiente para as vendas não caírem.

“O importante é as vendas não caírem, o povo se animar para ir às lojas e termos as ruas enfeitadas para o final de ano. Criando um clima natalino e de otimismo, a gente espera fazer as vendas crescerem”, apontou.

O tempo sem chuvas também tende a ajudar as vendas, fazendo com que os consumidores frequentem mais a região central da cidade e comprem produtos.

O horário especial, que começará no dia 1º de dezembro, também tende a colaborar com o aumento de circulação de pessoas – e de dinheiro – pelo comércio.

Até o dia 23 do mês que vem, as lojas poderão funcionar até às 22h, de segunda-feira a sexta-feira. Aos sábados, o comércio estará aberto até às 18h e aos domingos, até às 15h.

“As pessoas se animam e vêm para o centro passar o tempo ou comprar. O horário especial é algo que ajudará bastante, pois dará mais opções aos clientes, que podem ir às lojas depois de saírem do trabalho”.

Lúcia afirmou que a tradicional campanha de sorteio de prêmios “ajudará bastante” nas vendas do comércio. Neste ano, a ACE vai sortear R$ 40 mil em vales-compras.

O primeiro ganhador receberá um vale de R$ 20 mil, que poderá ser gasto em lojas da cidade. O segundo sorteado ganhará R$ 10 mil; o terceiro, R$ 5.000; e o quarto e quinto, R$ 2.500 cada.

Até a segunda-feira, 7, eram 75 lojas participantes. No total, a ACE prevê distribuir 140 mil cupons, que serão entregues a clientes que fizerem compras acima de R$ 30.