A Libertação!

Algumas coisas são explicadas pela ciência, outras pela fé. A Páscoa ou Pessach é mais do que uma data, é mais do que ciência, é mais que fé, páscoa é amor.
Albert Einstein

A Libertação!

Páscoa é uma palavra hebraica que significa “libertação”. Esta festa surgiu para comemorar a libertação do povo hebreu da escravidão do Egito, através de Moisés.

Assumida pelos cristãos, a Páscoa Cristã é para nós, a lembrança de que Deus liberta seu povo dos “pecados”, através de Jesus Cristo, novo cordeiro pascal. A comemoração acontece na época em que se lembra a crucificação de Jesus. Começa, infelizmente, após o término do carnaval, onde muitos já transgrediram Seus ensinamentos e termina no domingo onde Ele ressurgiu dos “mortos” para mostrar que Ele continua vivo e aguardando que O sigamos. O Cristo é a nossa Páscoa, pois Ele é o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” – (João, 1:29).

João usou o termo Cordeiro, porque se usava na época de Moisés, sacrificar um cordeiro para agradar a Deus. Portanto, dá-se a ideia de que, Deus sacrificou Jesus para nos libertar dos pecados.

Mas para nos libertarmos dos “pecados”, ou seja, dos nossos erros, das nossas falhas morais, devemos estar dispostos a contribuir, utilizando os ensinamentos do Cristo como nosso guia.

Porque Jesus não morreu para nos salvar; Jesus viveu para nos mostrar o caminho da salvação. Portanto, “salvação” não é ganhar o reino dos céus; não é o encontro com o paraíso após a morte; salvação é “libertação” de compromisso; é regularização de débitos.

Então, fora da prática do amor e da caridade de uns pelos outros, não estaremos salvos, livres das complicações criados por nós mesmos, através de brigas, violência, exploração, desequilíbrios, frustrações e muitos outros problemas que fazem a nossa infelicidade. Portanto, aproveitemos mais esta data, para revermos os pedidos do Cristo, para “renovarmos” nossas atitudes.

Como disse Celso Martins, no livro “Em busca do homem novo”, baseando-se nas palavras de Paulo de Tarso, em 4 ef. vs. 22/23: “Que surja o homem novo a partir do homem velho.

Que do homem velho, coberto de egoísmo, de orgulho, de vaidade, de preconceito, ou seja, coberto de ignorância e inobservância com relação às leis morais, possa surgir, para ventura de todos nós, o homem novo, gerado sob o influxo revitalizante das palavras e dos exemplos de Jesus Cristo.

Que este homem novo seja um soldado da paz neste mundo em guerras. Um lavrador do bem neste planeta de indiferença e insensibilidade. Que este homem novo, anseio de todos nós, seja um operário da caridade, como entendia Jesus: benevolência para com todos, perdão das ofensas, indulgência para com as imperfeições alheias.

A busca desta “renovação” é diária, e não somente no dia e mês pré- determinado. Queremos nos livrar deste homem velho.

Que ainda dá maior importância para o coelhinho, o chocolate, o bacalhau, etc., do que renovar-se.

Sem se dar conta que o desrespeito está em esquecer-se Dele, nos outros 364 dias do ano, quando odiamos, não perdoamos, lesamos o corpo físico com bebidas alcoólicas, cigarro, comidas em excesso, drogas, sexo desregrado, enganamos o próximo, maltratamos os animais, a natureza.

Como a Páscoa Cristã representa a vitória da vida sobre a morte, queremos deixar firmado o conceito que aprendemos que a vida só pode ser definida pelo amor, e o amor pela vida. Foi por isso que Jesus de Nazaré afirmou que veio ao mundo para que tivéssemos vida em abundância, isto é, plena de amor.