
André Minucci
As dificuldades financeiras têm um impacto direto na saúde mental, gerando estresse, ansiedade e até problemas físicos. Segundo dados recentes do Serasa, 72 milhões de brasileiros estão inadimplentes, e as consequências das dívidas vão muito além do bolso. A qualidade de vida é afetada para 64% das pessoas, enquanto 60% relatam altos níveis de ansiedade, 57% sofrem com baixa autoestima e 55% enfrentam dificuldades para dormir.
O mentor de empresários e business coaching André Minucci, explica que o estresse financeiro pode criar um ciclo vicioso: “Quando as contas saem do controle, a pessoa entra em um estado constante de preocupação. Isso pode levar a sintomas como insônia, fadiga e até problemas de saúde mais graves, como hipertensão e depressão. A boa notícia é que existem formas de lidar com isso.”
Como as dívidas afetam sua saúde mental
O impacto do estresse financeiro vai muito além da pressão de pagar contas. Ele pode desencadear sintomas físicos e emocionais como:
Insônia e fadiga: a preocupação constante dificulta o relaxamento e afeta a qualidade do sono.
Ansiedade e depressão: a sensação de incapacidade de resolver os problemas financeiros pode desencadear crises de ansiedade e desmotivação.
Baixa autoestima: a inadimplência pode fazer a pessoa sentir vergonha e se isolar socialmente.
Problemas de relacionamento: brigas e tensões familiares aumentam quando há dificuldades financeiras.
Diante desse cenário, é fundamental encontrar estratégias para reduzir o impacto emocional das dívidas. Minucci reforça que o primeiro passo é mudar a mentalidade sobre o dinheiro: “O descontrole financeiro muitas vezes está ligado a hábitos e crenças que precisam ser ajustados. Mais do que cortar gastos, é preciso desenvolver inteligência emocional para lidar com as finanças de forma estratégica.”
5 dicas para reduzir o estresse financeiro
Encare a realidade sem medo – evitar olhar para as contas só aumenta o problema. Faça um levantamento detalhado de sua situação financeira, anotando todas as dívidas, prazos e juros. Isso traz clareza e permite traçar um plano de ação.
Crie um plano de pagamento realista – renegocie as dívidas e priorize aquelas com juros mais altos. Evite promessas que não poderá cumprir e estabeleça metas possíveis dentro do seu orçamento.
Tenha um fundo de emergência – se ainda não tem, comece a construir uma reserva financeira, mesmo que seja com pequenos valores. Isso reduz a sensação de insegurança e previne novos endividamentos.
Pratique inteligência emocional – a ansiedade causada pelo dinheiro pode levar a decisões impulsivas. Técnicas de controle emocional, como respiração profunda, e exercícios físicos, ajudam a manter a calma e a tomar melhores decisões financeiras.
Busque conhecimento e apoio – educação financeira é fundamental para evitar novas crises. Além disso, conversar com especialistas ou grupos de apoio pode ajudar a encontrar soluções e diminuir o peso emocional das dívidas.
Aprender a lidar com o dinheiro de forma saudável é um processo contínuo, quando a pessoa começa a controlar suas finanças, sente um alívio imediato. O mais importante é manter esse equilíbrio a longo prazo, ajustando hábitos e planejando melhor o futuro.
Cuidar da saúde mental também significa cuidar das finanças. Pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença na sua qualidade de vida.