Da redação
As doenças cardiovasculares são responsáveis por mais de 20 milhões de mortes anualmente em todo o mundo, sendo a principal causa de mortes no planeta. No Brasil, de acordo com a Universidade Positivo, cerca de 14 milhões de pessoas enfrentam problemas cardíacos, resultando em pelo menos 400 mil mortes a cada ano devido a essas enfermidades.
O tempo entre o primeiro sintoma de uma doença cardiovascular e o atendimento médico pode ser determinante para salvar uma vida, conforme aponta a supervisora do Internato de Urgência e Emergências do curso de medicina da instituição, Chiu Yun Yu Braga. Por isso, é importante reconhecer os sinais que o corpo emite quando há um problema de saúde relacionado ao coração.
“Muitas pessoas acreditam erroneamente que as doenças cardíacas se manifestam apenas com dores no peito. No entanto, apesar dessas dores serem o sintoma mais comum de um problema cardíaco, elas não são os únicos sinais a serem observados”, aponta.
Segundo Chiu Yun, além das dores no peito e no braço esquerdo, os sintomas de infarto incluem um aperto ou queimação no estômago, que pode se espalhar para a região do pescoço, dos dentes ou das costas. “Já um paciente com doença arterial coronariana pode sentir também dores na mandíbula, no estômago e nas costas”, complementa a especialista.
A supervisora informa que quem sofre com insuficiência cardíaca, além da tradicional falta de ar, pode apresentar outros indícios que não têm relação com o peito. “O paciente pode ter um grande inchaço nas pernas e no abdômen, o que acaba causando grande dificuldade para dormir”, diz.
E explica, ainda, que os pacientes com valvopatia (doença da válvula cardíaca) podem sofrer desmaios repentinos e falta de ar, mesmo após um esforço mínimo. Os sintomas variam de acordo com a artéria envolvida no problema em questão, de acordo com Chiu Yun.
“Por exemplo, a artéria circunflexa pode acometer a parte dorsal do coração, por isso a dor irradia para as costas. Se a dor atinge a região frontal, pode ser a artéria descendente anterior. A dor se manifesta conforme a localização da artéria comprometida”, finaliza a professora.
A especialista reforça a importância de visitar regularmente um médico cardiologista. As consultas devem ter como objetivo tanto a prevenção como o tratamento de qualquer doença cardiovascular.