Número de mortes naturais cresce 6% em Tatuí no mês de dezembro

Óbitos por causas de pneumonia caem 64% no último mês de 2022

Da reportagem

O número de mortes por causas naturais em Tatuí apresentou aumento de 6% em dezembro de 2022 em comparação ao mesmo mês do ano anterior, 2021. O número atual, contudo, é 12,65% menor que o de dezembro de 2020, antes do início da campanha de imunização contra a Covid-19.

Se comparado ao mês de novembro deste ano, quando o município registrou 61 óbitos, as mortes no 12º mês do ano tiveram aumento de 13,11%.

Os dados são apontados por levantamento divulgado no Portal da Transparência do Registro Civil, órgão administrado pela Arpen-Brasil (Associação Nacional dos registrados de Pessoas Naturais).

Estatísticas do portal indicam 69 óbitos em dezembro de 2022, envolvendo 38 homens e 31 mulheres. No mesmo período de 2021, 65 pessoas perderam a vida por causas naturais, com 34 mortes do sexo masculino e 31 do feminino. Já em dezembro de 2020, ocorreram 79 óbitos, somando 43 homens e 36 mulheres.

Desde o começo da pandemia, a plataforma dos registros civis passou a informar dados de óbitos por Covid-19 (suspeitos ou confirmados) e, ao longo dos meses, novos módulos foram incorporados, abrangendo mortes por doenças respiratórias e cardíacas, com filtros por estado e município.

As mortes por causas naturais são resultado de doença ou mau funcionamento interno dos órgãos, e, nesta classificação, estão os óbitos por Covid-19, SRAG (síndrome respiratória aguda grave), pneumonia, insuficiência respiratória e septicemia (choque séptico).

Sobre o impacto da Covid-19 no total de registros, no Portal da Transparência, constam quatro óbitos, sendo três do sexo masculino e um do feminino. O município teve aumento de 33,33% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram registradas três mortes pela doença, somente de homens.

Além dos óbitos por Covid-19, cinco faleceram por pneumonia (três homens e duas mulheres), ema queda de 64,28% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando houve 14 declarações por esta causa (quatro homens e dez mulheres). Se comparado a outubro de 2020, a queda é de 61,53%.

Mortes por septicemia apareceram em sete certidões de óbito, sendo de dois homens e cinco mulheres. É o mesmo número de 2021, com o falecimento de cinco homens e duas mulheres.

Se comparado ao mesmo período de 2020, quando houve o registro de 12 mortes, de sete homens e cinco mulheres, a queda é de 41,66%.

Já a insuficiência respiratória levou três pessoas à morte, atingindo um homem e duas mulheres – o mesmo número de dezembro de 2021 (dois homens e uma mulher). No mesmo período de 2020, houve o registro de duas mortes do sexo masculino pela doença.

No 12º mês de 2022, não houve nenhum registro de morte como “causa indeterminada” – neste caso, quando é ligada a doenças respiratórias, mas não conclusiva. A mesma situação ocorreu no período de 2020 e 2021.

Em dezembro, também não houve registro de morte por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), da mesma forma que no mesmo período de 2020 e 2021.

Óbitos relacionados às causas respiratórias representam 19 registros no 12º mês deste ano, envolvendo nove homens e dez mulheres. A queda é de 29,62% em relação ao mesmo período de 2021, quando houve 27 óbitos, de 15 homens e 12 mulheres.

Em relação a dezembro de 2020, a diminuição é de 51,28%, quando houve o registro de 39 mortes, sendo 27 do sexo masculino e 12 do sexo feminino.

Entre as causas cardiovasculares, o levantamento também aponta nove mortes (seis homens e três mulheres) por AVC em dezembro do ano passado. Cinco a mais que no mesmo período de 2021, quando quatro óbitos foram registrados, sendo três do sexo masculino e um do feminino.

Houve aumento de 80% em relação a dezembro de 2020, quando morreram cinco pessoas pela doença, sendo um homem e quatro mulheres.

Ainda, cresceram em 400% os casos de mortes por infarto, passando de uma (mulher), em 2021, para cinco (quatro homens e uma mulher), em 2022, sendo o mesmo número do período de 2020 (cinco mulheres).

Os óbitos por causas vasculares inespecíficas também tiveram aumento, de 400%, passando de duas, em 2021 (uma morte para ambos os sexos), para dez, em 2022 (sete homens e três mulheres). Em relação a dezembro de 2020, o aumento é de 50%, com cinco mortes, de dois homens e três mulheres.

Já os falecimentos relacionados a outros tipos de doenças aumentaram de 29 (15 homens e 14 mulheres), em dezembro de 2021, para 26, no mesmo período de 2022, com 12 homens e 14 mulheres. O decréscimo foi de 10,34%. No 12º mês de 2020, houve 25 mortes, sendo 13 do sexo masculino e 12 do feminino.

O Portal da Transparência é atualizado diariamente por todos os cartórios do país, obedecendo a prazos legais. A família tem até 24 horas após o falecimento para registrar o óbito em cartório, o qual, por sua vez, tem cinco dias para efetuar o registro e, depois, até oito para enviar o ato à Central Nacional de Informações do Registro Civil, que atualiza a plataforma.

As estatísticas se baseiam nas declarações (documentos preenchidos pelos médicos com os falecimentos) que dão origem às certidões de óbito, registradas nos cartórios para a liberação dos sepultamentos.