Por Lucas Sant´Ana coordenador do OncoCenter Dona Helena
No mês de conscientização sobre o câncer de mama, o “Outubro Rosa”, o médico coordenador do OncoCentre Dona Helena, em Joinville (Santa Catarina), Lucas Sant’Ana destaca a importância da mamografia no rastreio da doença. De acordo com ele, o diagnóstico precoce, obtido por meio do exame e do autoexame, aumenta em muito as chances de cura.
O profissional cita dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer), no Brasil, para abordar a temática. A entidade estima que, no país, houve mais de 66 mil casos novos para cada ano do triênio 2020-2022.
Esse volume corresponde a um risco estimado de 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres. No mundo, o câncer de mama é o mais incidente no sexo feminino: em 2018, ocorreram 2,1 milhões de casos novos, o equivalente a 11,6% de todos os cânceres estimados.
“Como em quase todas as doenças oncológicas, quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura. E, para isso, é necessário realizar a mamografia. A idade indicada para início do rastreio varia, mas fica entre 40 e 50 anos para pacientes com risco habitual”, afirma.
Segundo o médico, o câncer de mama acomete de 8% a 10% das mulheres em algum momento da vida. Sant’Ana explica que as mulheres mais suscetíveis são aquelas com presença de certos defeitos genéticos (mutações em genes como os BRCA1 e BRCA2) e aquelas com muitos casos de câncer de mama na família.
Outros fatores que promovem risco maior, são: obesidade, primeira menstruação em idade muito jovem, menopausa em idade muito avançada, ingestão excessiva de álcool e nunca ter engravidado. A média de idade em que o câncer é diagnosticado fica por volta dos 62 anos.
De acordo com o profissional, hábitos de vida mais saudáveis podem diminuir a possibilidade de desenvolver câncer de mama. Entre eles, reduzir a ingestão de álcool, realizar atividade física regular e emagrecer, no caso das pacientes que estejam acima do peso.
O sintoma mais frequentemente observado no diagnóstico de câncer de mama é a presença de um nódulo mamário ou axilar. Menos frequentes, mas também presentes, são alterações na anatomia da mama, como assimetria, retrações, vermelhidão ou inchaço.
Conforme o médico, a terapia contra o câncer de mama depende de alguns fatores, como: estadiamento, subtipo do tumor e condições clínicas da paciente. Ainda segundo alerta o profissional, quase todas as pacientes deverão ser submetidas à mastectomia (procedimento cirúrgico para a remoção de uma ou ambas as mamas), e algumas necessitarão de terapias auxiliares, como radioterapia, quimioterapia ou terapia hormonal.