Redação
Estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) conquistaram, no final de semana passado, o primeiro lugar da categoria geral de lançamento de foguetes em Tatuí, da Latin American Space Challenge (LASC) 2023.
A segunda maior competição experimental de engenharia de foguetes e satélites do mundo teve a participação de “rocketeers” e “satelliteers” oriundos de 15 países. Realizada no “Cabo Canavial” – nome dado ao local do evento -, a expectativa de receber 1.300 pessoas por dia, segundo a organização do evento, foi alcançada, apesar do mau tempo durante os três dias de provas.
A construção dos foguetes “Caronte” e “Aurora” somou a participação de 50 alunos, os quais, por meio das redes sociais das equipes deles, “Minerva Sats” e “Minerva Rockets”, anunciaram a conquista “com imenso orgulho e determinação”.
Além do primeiro lugar geral da categoria lançamento de foguetes, a equipe ficou com o título pela categoria de três quilômetros de altura, meta de apogeu a ser atingido pelo equipamento. A equipe relatou, por meio de publicação em rede social, a satisfação pela conquista por conta dos meses de “preparação árdua, dedicação incansável e trabalho em equipe inigualável”.
“Cada obstáculo que enfrentamos ao longo dessa jornada serviu como degrau para chegarmos ao topo do pódio. Cada desafio superado, cada noite virada, e cada ideia brilhante, contribuiu para o nosso sucesso inquestionável”, registra a publicação.
A “Minerva Rockets” foi fundada em 2016 e desenvolve pesquisas e projetos de foguetes subsônicos de sondagem atmosférica para transporte de experimentos embarcados e instrumentos de suporte necessários.
O objetivo da equipe é “atuar de forma integrada à universidade no processo de formação de profissionais de alto nível, empreendedores e inovadores, contribuindo para o desenvolvimento tecnológico do país”.
O primeiro lugar geral da categoria lançamento de satélites ficou com a equipe Chaska, do Peru. A proposta da equipe peruana – a qual representa a Facultat de Ciencias e Ingeniería (PUCP) – é um satélite de pequeno porte, conhecido como picossatélite, com capacidade de coletar dados em tempo real, compará-los com um banco de dados e, desta forma, saber qual cultura é a ideal para ser cultivada e plantado no terreno avaliado.
Focado na agricultura, o satélite registra dados, como pressão, temperatura, umidade, radiação UV. A partir deles, são feitas comparações com os dados fornecidos pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário e Irrigação (Midagri) e pelo Serviço Nacional de Meteorologia e Hidrologia (Senamhi) do Peru.
Ainda foi premiada, pela categoria foguetes de três quilômetros, a universidade ITA, de São Paulo, com o segundo lugar. Pela foguetes de um quilômetro, a equipe Fenix, da Universidade Federal de Minas Gerais, ficou com o primeiro lugar, seguida do Grupo de Foguetes do Rio de Janeiro (GFRJ), com a segunda colocação.
Pela três quilômetros híbrido, a equipe Jupiter, da Universidade de São Paulo (USP), foi a vitoriosa. A equipe Fenix, da UFMG, ficou com o primeiro lugar da categoria dinâmica de voo. Pela categoria espírito de participação, a Etherea, da Colômbia, ficou com o primeiro lugar. O projeto Jupiter, da USP, conquistou o primeiro lugar na conduta de equipe; e a Orion, do Paraná, com a espírito esportivo.
Pela categoria inovação, o Club de Ciencias y Tecnologías Espaciales (Urutau), do Paraguai, garantiu a vitória. Pela categoria engenharia, a equipe Jupiter, da USP, sagrou-se tricampeã da competição, com o satélite estilo “CubeSat”. O segundo lugar ficou com a equipe Topus, de São Carlos. Pela categoria pocketqube/cansat, a Chaska, do Peru, foi a vitoriosa, seguida da CzarSpace, da UFMG.