9ª Feira do Doce de Tatuí movimenta R$ 2 milhões

Dados foram divulgados pela equipe organizadora

Doceiros participam de encontro que divulgou os resultados da Feira do Doce (Foto: AI Prefeitura)
Da redação

Os empreendedores da nona edição da Feira do Doce de Tatuí, que aconteceu entre os dias 6 e 9 de

julho, na Praça da Matriz, estiveram reunidos no dia 13, no Centro Cultural, onde a prefeitura, por meio da Secretaria do Esporte, Cultura, Turismo e Lazer, e pela Aprodoce (Associação dos Produtores de Doces de Tatuí), revelou os números positivos da festa.

O secretário municipal do Esporte, Cultura, Turismo e Lazer, Douglas Dalmatti Alves Lima (Buko), parabenizou os 60 expositores da feira e afirmou que “essa foi a melhor edição de todas, em diversos aspectos”.

Os resultados e métricas alcançados pela Feira do Doce de Tatuí foram apresentados pela equipe de comunicação da Secretaria de Turismo. De acordo com os dados, o evento foi um dos assuntos mais buscados na internet no estado de São Paulo durante o período da festa.

A plataforma “Google Trends” (que mostra os termos populares mais buscados em passado recente) foi a que mais recebeu acessos.

O secretário municipal da Segurança Pública e Mobilidade Urbana, Miguel Ângelo de Campos, confirmou que a Guarda Civil Municipal (GCM) não registrou nenhuma ocorrência durante a festa.

Também foram divulgados os resultados referentes a pesquisas de produtores de doces; da demanda turística; e da demanda da área comercial, feita com os lojistas e funcionários do comércio.

O professor Luís Antônio Galhego Fernandes, coordenador do Núcleo de Consultoria e Pesquisa em Gestão Empresarial (Conpeg), da Fatec “Prof. Wilson Roberto Ribeiro Camargo”, comentou sobre a importância dos grupos de estudos, os quais auxiliaram os empreendedores no desenvolvimento de soluções para seus negócios.

Ele mostrou os resultados alcançados por meio do Instagram da Aprodoce, devido ao primeiro concurso “Doce Harmonia”, promovido pela entidade, com apoio da Fatec.

“Isso tudo revela que o movimento financeiro da feira foi muito maior do que pensamos e conseguimos mensurar nas pesquisas com os expositores”, comentou.

O presidente da Aprodoce, Marcelo Leite de Almeida, parabenizou os expositores e disse que a praça de alimentação de salgados, organizada e promovida pelo órgão, ajudou a feira “por manter a permanência dos visitantes no evento”.

Para finalizar, o prefeito Miguel Lopes Cardoso Júnior cumprimentou os empreendedores pelo sucesso do evento e sustentou que a próxima edição terá cinco dias.

Ele também afirmou que os doceiros “têm potencial a ser explorado”, com a implantação de várias ideias em parceria com a Aprodoce.

Resultados

Durante os quatro dias de evento, os 60 expositores ofereceram seus produtos a 242.323 mil pessoas, oriundas de 69 cidades de oito estados brasileiros e do distrito federal, além dos países africanos Argélia e Angola.

O público adquiriu 468.796 mil doces, movimentando mais de R$ 2 milhões. A feira ainda gerou 615 empregos, sendo 332 diretos e 283 indiretos. Na edição de 2022, o total de pessoas empregadas fora de 558.

Durante o evento, os 60 produtores também responderam a diversas questões, com os resultados: 85% acharam o evento “ótimo”; para 70%, a decoração estava “ótima”; e, para 26,7%, “boa”; 88,3% disseram que teriam produção para atender mais de quatro dias de evento.

Com relação à programação musical, 71,7% acharam-na “ótima”; e 26,7%, “boa”; 68,3% acharam a campanha de comunicação (comerciais), “ótima”; e 23,3%, “boa”.

O monitoramento do evento com câmeras de segurança teve aprovação “ótima” de 90%.

Sobre o que o público achou dos itens de acessibilidade e inclusão, as respostas foram 83,3% para “ótimos” e 16,7%, “bons”.

Sobre a implantação da praça de alimentação de salgados, 45% das respostas foram para “ótima”; 18,3%, “boa”; e 23,3%, “regular”.

Ainda, por pesquisa de demanda turística com os visitantes da feira, obteve-se os dados: 65% se consideram do gênero feminino; 33%, masculino; 1%, outro; e 1% preferiu não se classificar.

Outros 24% dos que responderam têm entre 18 e 30 anos; 22%, entre 31 e 40; 18%, entre 41 e 50, 14% são menores de 18 anos; 13%, estão entre 51 e 60; e 9%, acima de 60 anos.

Ainda, 82% das pessoas disseram que já conheciam o evento, enquanto 18% ainda não. Das 736 pessoas que responderam à pesquisa, 522 foram até a Praça da Matriz com veículo próprio, 124, por outros meios, 34, de ônibus ou van de excursão, 29, com ônibus rodoviário e 19, com transporte coletivo (ônibus circular).

Dos turistas, 51% ficaram sabendo do evento pelas redes sociais; 19%, por meio de amigos; e 15%, por outros meios. De todas as pessoas que responderam à pesquisa, 67% são moradoras de Tatuí; 15% são visitantes e têm familiares ou amigos aqui; e 9% vieram somente para a feira, sendo que 97% delas voltariam à cidade e 3%, não.

Também foi questionada a média diária de gastos na feira (lanchonetes, restaurantes, hospedagem). Do total, 32% preferiram não responder; 29% gastaram até R$ 100; e 20% tiveram despesas de até R$ 200; 10% gastaram acima de R$ 300; e 9% tiveram despesas de até R$ 300.

Após o resultado, o departamento do turismo local concluiu que a cidade tem no turismo de negócios e eventos um “ponto forte”. Na avaliação feita com 67 pessoas da área comercial – sendo 74,6% delas funcionárias do comércio local e 25,4% proprietários de lojas -, 64,2% disseram que a Feira do Doce ajuda a fomentar o comércio local; e 29,9%, que não. No entanto, 100% concordaram que o fomento ao turismo local é importante para o comércio da cidade.

Com relação ao local do evento, 62,7% disseram que a feira “não deveria mudar para outro local” e 34,3%, que “sim”. Contudo, 70,1% dos entrevistados acham que a cidade deveria dispor de um recinto de eventos estruturado para a feira, enquanto 25,4% acham que não.

Sobre o faturamento do comércio local durante a feira, 59,7% acreditam que ele “aumenta”; 34,3% que “não”; e 6% não souberam responder. A respeito do fluxo turístico ter influenciado o movimento das lojas, 68,7% acham que “sim” e 29,9%, que “não”.

Os visitantes também foram questionados se o comércio local e os munícipes “acolhem” a Feira do Doce. Do total, 89,6% disseram que sim, e 68,7% consideram a feira como o maior evento da cidade. Os que responderam “não” somaram 23,9% e 7,5% não opinaram.