A “Força para Viver” informou, por meio de nota ao jornal O Progresso, que a clínica fechada no dia 16 de outubro, no Guarapó, não é a unidade feminina que a entidade mantém no mesmo bairro.
A nota esclarece que a casa de recuperação interditada em outubro tinha “sido aberta havia mais ou menos um ano” e que o “Força para Viver” tem 24 anos de trabalho sem ter “um boletim de ocorrência, uma atuação judicial, ou sequer um processo”.
O caso “confundido” envolve a clínica “Liberdade da Vida”, alvo de denúncias de maus-tratos com os internos. No dia 16 de outubro, a GCM (Guarda Civil Municipal) e a Vigilância Sanitária estiveram no local e interditaram a clínica.
As equipes prenderam o empresário Victor Custódio Ribeiro, 27, e os ex-internos Elias Inácio de Souza, 24, Caio Antunes Lacerda, 20, e André Luis Campos Costa, 30.
Os três últimos atuariam dentro da clínica de recuperação nas funções de monitor, estagiário e auxiliar de produção, respectivamente.
Por se apresentarem aos agentes como responsáveis pelo local, os quatro responderão pelos crimes de lesão corporal, maus-tratos, sequestro e cárcere privado, tortura, exercício ilegal da profissão, formação de quadrilha e apropriação indébita.
De acordo com o pastor Gétero Campos, o sofrimento para o dependente é muito maior quando um caso como esse acorre numa casa de recuperação. “Ele já é agredido pela família, pela sociedade e pela polícia. E, caso ele sofra agressões numa clínica, ele vai se achar um lixo”.
“Isso é inaceitável. Mas, muitas vezes, acontece também porque o dependente é levado contrariamente à vontade. E isso já é uma agressão. Em qualquer um dos casos, isso não pode acontecer”, alertou.