Da reportagem
O tatuiano Lúcio Rodrigues Junior conquistou o terceiro lugar no Prêmio de Literatura de Barueri – 2021, na categoria “poesia não residente em Barueri”, com a obra “Armário Guarda…”. A cerimônia de premiação ocorreu em 1º de julho, no Centro de Eventos, em Barueri, região da Grande São Paulo.
Rodrigues tem formação profissional em educação física e é técnico administrativo. Trabalha também como ator profissional e guia de turismo nacional e regional.
Segundo ele, a poesia que escreveu aborda, utilizando suspense e romantismo, o que há guardado dentro de um determinado armário. “Construí o texto focando no mistério, que prende a atenção do leitor e aguça sua curiosidade. Com isso, ele acaba lendo até o fim e descobrindo o desfecho”, explica.
Para escrever “Armário Guarda…”, Rodrigues se inspirou, principalmente, nas obras literárias da série Vaga-Lume, lançada em 1973, focadas em aventuras variadas. Além de livros, contos e crônicas, ele buscou ideias até em filmes de suspense.
Para ele, ao escrever uma poesia, é necessário “pinçar as palavras certas, para que o texto fique harmonioso”. “É como preparar um bolo: precisa de atenção e os ingredientes na medida correta para que dê certo”, compara.
Rodrigues conta que o primeiro contato que teve com a poesia foi ainda criança, na quarta série do ensino fundamental, quando escreveu a primeira poesia, que acabou publicada em um livro da escola, junto com os demais trabalhos dos colegas de classe.
De acordo com Rodrigues, a referência dele é a poetisa cerquilhense Isabel Pakes. “Ela foi a pessoa responsável por me incentivar a escrever poesias e a me encantar pela língua portuguesa. Devo muito a ela”, acentua.
Para ele, treinar diariamente o hábito da leitura é um exercício fundamental para aperfeiçoar a arte da escrita e da oralidade. “O português é um idioma maravilhoso e, ao mesmo tempo, complexo, em razão das variadas regras. Quem gosta de escrever é importante conhecê-lo bem. A paciência é a ponte da amizade com o tempo”, argumenta.
Rodrigues enfatiza que participar de um concurso – como esse, que teve mais de 1.000 inscritos – é uma experiência que, além de escrever textos, possibilita conhecer novos escritores. “É importante fazer o network, trocar experiências com quem também aprecia a arte da escrita. É um aprendizado constante”, frisa.
Rodrigues destaca a relevância do Prêmio Literário Paulo Setúbal, de Tatuí, que, este ano, está na 20ª edição. “Este concurso abre as portas e incentiva os jovens tatuianos a começarem a se interessar pela literatura. Isto é fundamental para conhecermos novos entusiastas da escrita”, complementa.