Da reportagem
O Departamento Municipal de Mobilidade Urbana está implantando, em Tatuí, dispositivos chamados “minirrotatórias”, para reduzir o índice de acidentes de trânsito. Somente no ano passado, quando a iniciativa teve início, quatro dispositivos foram instalados.
O diretor do Departamento de Mobilidade Urbana, Yustrich Azevedo Silva, explica que as minirrotatórias foram criadas com o objetivo de aumentar a segurança de motoristas e pedestres.
Foram implantadas minirrotatórias de direcionamento de fluxo: no cruzamento das ruas Joaquim de Campos Vieira com Santa Cruz e Antonio Balarim, na região do Jardim São Judas; cruzamento da avenida Domingos Bassi com a rua Joaquim Teixeira, Jardim Junqueira; cruzamento da rua Antonio Henrique da Silva com a alameda Heitor Villa-Lobos e a João Brás, Nova Tatuí; alameda Heitor Villa-Lobos com João de Campos e alameda Francisco Alves, Nova Tatuí.
Conforme o diretor, os quatro locais foram escolhidos para as primeiras instalações devido ao alto número de “conflitos diários” e acidentes registrados nos cruzamentos.
O índice é verificado pela ouvidoria do DMU, por meio da indicação dos munícipes, requerimento apresentados pela Câmara Municipal e pelas estatísticas de órgãos como Guarda Civil Municipal, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
“Toda as políticas públicas de trânsito são baseadas em estatísticas, principalmente de órgãos constituídos que atendem os acidentes de trânsito sem e com vítimas fatais. Assim, nós verificamos o que podemos fazer para melhorar o trânsito, de acordo com as nossas condições”, argumentou o diretor.
A medida é uma das alternativas indicadas como recurso de engenharia de trânsito em áreas com intensidade moderada de circulação de veículos e considerável número de acidentes, mas não com índices que justifiquem a colocação de semáforo.
Segundo o Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, a sinalização semafórica tem objetivo de informar ao usuário o direito de passagem, onde lhe é permitido movimentar-se em um espaço e tempo definidos.
Já as rotatórias são dispositivos em círculo que, no centro, pode conter jardins, flores, fontes, estátuas e esculturas. O objetivo principal é limitar a velocidade e organizar o fluxo de tráfego, minimizando os acidentes e melhorando a fluidez entre veículos, reduzindo, assim, os conflitos.
As minirrotatórias podem ser pequenas ilhas circulares elaboradas ao centro do cruzamento de vias que têm sua técnica semelhante à rotatória convencional.
São frequentemente utilizadas em áreas residenciais, onde obrigam ao condutor adequar-se ao movimento ao seu redor, no sentido anti-horário, diminuindo assim a velocidade do tráfego.
Segundo Silva, a engenharia de tráfego tem o semáforo como o último recurso para reduzir problemas de trânsito – ou seja, o DMU tenta uma série de dispositivos, equipamentos e acessórios antes de recorrer ao sinaleiro.
O baixo custo para a implantação e manutenção e a possibilidade de educação para o trânsito são classificadas pelo diretor como os principais pontos positivos das minirrotatórias.
“Com a rotatória, partimos da educação no trânsito e dependemos muito mais da gentileza do condutor. Além disso, o gasto para a instalação é mínimo. Para a implantação destes dispositivos, o DMU gastou apenas com pintura e tachões, enquanto o valor de um semáforo pode chegar a R$ 30 mil”, justificou o diretor.
Silva informou que a medida tem já tem mostrado resultados bastante positivos no que diz respeito à redução de acidentes de trânsito. Segundo ele depois da utilização desse tipo de sinalização, o índice de acidentes nos locais onde existem minirrotatórias chegou praticamente a zero.