A imprensa atual se ocupada em dar notícias, fatos, informações e curiosidades sobre o eficiente Rogério Ceni do São Paulo FC, um recordista sem dúvida, um atleta com a cara do tricolor, porém, nunca comparando todavia, salientando a importância de tantos goleiros históricos que vestiram a camisa do denominado “Mais Querido” – pelo fato de ser sempre o clube mais aplaudido nos tradicionais desfiles de abertura do campeonato paulista naqueles anos 1940/50, sempre no estádio do Pacaembu – por isso lembramos de Valdir Perez, Gilmar Rinaldi e de José Poy um argentino que fez história no clube.
Poy foi visto pela primeira vez pelo público paulista em dezembro de 1945, então com 19 anos, seu time, o Rosário Central da Argentina fez um amistoso contra o São Paulo no Pacaembu, final 2 x 2. Ágil, atento, jogava sério e sem enfeites, logo era conhecido em toda a América do Sul, três anos depois, em 1948 estava no tricolor. Na época o clube tinha bons goleiros, como Mário e Bertolucci, logo em 1950 Poy já era o titular, e foi assim até 1963 dono absoluto da posição.
Neste período outros goleiros ocuparam a posição, mas Poy era sempre o número 1, destacamos Glauco, Suly, Albertino, Bonelli e Gilberto que sempre perdiam pela excelente aplicação e regularidade do argentino. Identificado com a sua casa tricolor, tornou-se treinador da equipe de base, lá revelou bons jogadores, entre eles Muricy, Gilberto Sorriso, Arlindo, Serginho.
Já dirigindo o time principal ganhou o Paulista de 1974 com muitos méritos. Virou uma figura querida, admirada e respeitada no Morumbi. Foi também treinador do XV de Novembro de Jaú, da Portuguesa, Santa Cruz de PE entre outros.
A foto mostra o segundo jogo no estádio do Morumbi em 9 de outubro de 1960, partida referente às festividades de inauguração do estádio Cícero Pompeu de Toledo, um amistoso contra o Nacional de Montevidéu, vitória tricolor por 3 x 0, a curiosidade é a presença de jogadores convidados, Djalma Santos e Julinho ambos do Palmeiras e de Almir Albuquerque do Corinthians, podemos ver portanto, em pé: Djalma Santos, Poy, Fernando Sátiro, Gildésio, Riberto e Vitor. Agachados: Julinho, Almir, Gino, Gonçalo e Canhoteiro. José Poy faleceu em 1995. Um atleta e um profissional exemplar que está na história do futebol.
NOTA: As fotos são do arquivo pessoal do autor, que data de 50 anos. Ele, como colecionador e historiador do futebol, mantém um acervo não somente de fotos, mas de figurinhas, álbuns, revistas, recortes e dados importantes e registros inéditos e curiosos do futebol, sem nenhuma relação como os sites que proliferam sobre o assunto na rede de computadores da atualidade