Da reportagem
A Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) quer reforçar, neste ano, a campanha “Tampinha Legal”. A ação visa arrecadar tampinhas plásticas e levar recursos extras à entidade, além de ajudar a preservar a natureza.
Conforme informou a assistente social da Apae Daliane Miranda, sem o descarte adequado, as tampinhas podem acabar jogadas pelas ruas e calçadas e ir parar nas matas, nos rios e oceanos. “Para mudar esse cenário – ou pelo menos para começar –, a missão é mobilizar toda a cidade na arrecadação”.
A assistente social explica que, por meio do projeto “Tampinha Legal”, a entidade recebe os materiais e os reaproveita em mais utensílios plásticos, impedindo o descarte inadequado no meio ambiente.
O “Tampinha Legal” é tido como o maior programa socioambiental de caráter educativo de iniciativa da indústria de transformação do plástico da América Latina.
Lançado em 2016, na segunda edição do Congresso Brasileiro do Plástico (CBP), propõe ações modificadoras de comportamento de massa através do fomento e incentivo da coleta de tampas de plástico.
A Apae de Tatuí tornou-se o primeiro posto autorizado de coleta da cidade e recebe os materiais desde o ano passado. Os próprios alunos são os responsáveis pela separação das tampinhas por cores.
“É uma atividade lúdica, que faz parte do currículo funcional e natural, trabalha a psicomotricidade e a identificação das cores. Portanto, todo cidadão pode e deve colaborar, encaminhando suas tampinhas diretamente para a entidade”, explicou Daliane.
No ano passado, a entidade contabilizou mais de um milhão de tampinhas. Durante todo o ano, foram arrecadados 177 sacos do material, totalizando 1.186 toneladas de plástico e uma renda de R$ 2.253,40 para a Apae.
Uma das ações contribuidoras da arrecadação foi a “Gincana da Tampinha”, envolvendo a rede de ensino do município. Conforme Daliane, a ideia era mobilizar as escolas e alunos para coletar as tampinhas e despertar a consciência ambiental nos participantes.
As escolas “Magaly Azambuja de Toledo”, do Jardim Santa Rita de Cássia, e a “Maria Eli da Silva Camargo”, do Jardim Rosa Garcia, foram as que mais arrecadaram, ficando com o primeiro e segundo lugar na competição, respectivamente.
“Todo o valor foi revertido na manutenção dos serviços oferecidos gratuitamente na entidade aos 280 alunos com deficiência”, informou a assistente social.
A entidade mantém mais de 20 atividades relacionadas a cozinha, artesanato, esportes e artes plásticas. O recurso pode ajudar na manutenção da instituição e na compra dos materiais para realização das oficinas.
Além das escolas, em 2019, a iniciativa obteve a colaboração da Fundação Educacional Ipanema, de Iperó. A entidade soube do projeto, por meio das redes sociais da Apae, e resolveu participar, doando tampinhas.
Neste ano, a intenção da Apae é arrecadar ainda mais e investir em novos projetos. Mesmo durante a pandemia e com a suspensão das aulas, Daliane ressalta que a entidade continua recebendo os materiais.
“Nossos atendidos, dedicados como sempre, estão separando, em casa, as tampinhas plásticas por cor”, informou a entidade, em nota publicada nas redes sociais.
Sem a participação das escolas, a entidade receia que a quantidade de tampinhas recebidas neste ano não seja suficiente para que a venda do material seja feita. Para isso, é necessário juntar uma tonelada e meia, o que corresponde a 300 sacos de tampas.
Para colaborar, basta separar todo tipo de tampinha plástica: garrafa pet, potinho de maionese, embalagem de detergente ou qualquer outra. A cada 1,5 tonelada arrecadada, a Apae recebe recursos extras para a manutenção dos projetos da entidade.
Além da Apae, escolas municipais e comércios são pontos de coleta. Confira no https://tampinhalegal.com.br/web/pontos-de-coleta/ o local mais próximo.