Da redação
O Centro de Artes e Esportes Unificados “Fotógrafo Victor Hugo da Costa Pires” (CEU das Artes), recebe nos dias 16 e 17, segunda-feira e terça-feira, às 20h, a apresentação do espetáculo teatral “A Volta da Cantora Careca, Porém Muda”, produzido pela Trupe Garagem & Cia., com entrada franca e contribuição voluntária.
A obra procura ilustrar “o absurdo da existência humana de forma cômica, assim como o distanciamento e a frieza na comunicação entre as pessoas, observado no diálogo sem sentido entre as personagens”, conforme a produção.
“Para lá de ridicularizar as situações mais banais, a peça de Ionesco retrata, de uma forma tangível, a solidão do ser humano e a insignificância da sua existência”, segue a produção.
A história se passa na capital paulista e mostra o cotidiano de dois casais, os Silva e os Martins, e da empregada Maria. Entre conversas banais e com pouco sentido – até palavras desarticuladas que se limitam a sons e um crescente clima de violência -, a peça vai se desenvolvendo.
O CEU das Artes está situado na rua Ana Rosa Monteiro, 475, Jardim Santa Helena.
Em agosto de 2015, a Trupe de Teatro Garagem & Cia. retornou as atividades no CEU das Artes, equipamento de cultura da prefeitura, a fim de “desenvolver um trabalho social de educação e formação de atores engajados na cultura”.
A trupe iniciou os trabalhos como um grupo de jogos teatrais e, ao fim de 2015, estreou seu espetáculo de maior público até hoje e, desde então, não parou mais. O “Garagem” passou a trabalhar com o “estado pedagógico e social”, compondo, em sua maioria, integrantes da comunidade LGBT.
“Com a visibilidade que a trupe alcançou, foi necessária uma mudança que permitiu que ela crescesse e se tornasse um grupo de repertório, no qual os atores se vão, porém, a montagem continua”, diz o grupo.
Durante essa nova formação, a trupe agrega, no currículo, mais de dez municípios, destacando: Cesário Lange, onde a trupe realiza um trabalho educacional e de formação de público com o diretor cultural da cidade; Taquaritinga, onde passou quase uma semana toda participando de workshops e conversações entre grupos e companhias do Brasil todo; Morro Agudo, no interior “extremo de São Paulo, onde os moradores não possuem nenhum acesso a alternativas culturais”; e Gavião Peixoto, cidade que abriga um dos mais novos integrantes da trupe e que gostaria de levar as montagens do Garagem para a mostra local.