Hoje somos 208 milhões de brasileiros e estamos aguardando há mais de quatro anos o resultado completo das investigações para saber questões cruciais para a vida e futuro deste país. O Brasil precisa entender em profundidade o que está acontecendo de fato, além do que a mídia já noticia diariamente, ou melhor, a todo momento.
Para se votar com certa segurança em outubro, informações precisas são essenciais. Não podemos mais ficar informados apenas com aqueles programas de televisão da propaganda eleitoral.
Uma questão central é quanto exatamente foi o rombo completo nas contas? É importante o cidadão conhecer os valores ou estimativas corretas dessa evasão, porque para arrecadar esse dinheiro, houve muito dispêndio de energia e suor a partir de suas horas trabalhadas.
E depois disso, esse capital foi surrupiado com facilidade das contas do país e direcionado para os bolsos de espertalhões, que têm sugado sistematicamente as energias da nação durante séculos.
Está claro que não são poucos que estão sorvendo os recursos nacionais e, portanto, é preciso identificar quem exatamente são os ladrões que desviaram o montante, que nós pagadores de impostos temos custeado arduamente.
Uma grande dúvida para todos é aonde foi parar os recursos roubados exatamente? Assim sendo, os Ministérios Públicos, corregedorias, tribunais de contas, polícias e outros órgãos fiscalizatórios precisam se empenhar muito mais do que ficar fazendo apenas o arroz com feijão trivial.
Para poder colocar tudo a limpo, precisamos então saber em profundidade os detalhes dos fatos. Se faz necessário ter informação, por exemplo, de quantos assessores existentes nas autarquias recebem sem trabalhar… Por que isso ainda não foi levantado? Afinal, tudo de uma forma ou outra está nos arquivos de computadores dos órgãos estatais, nos bancos, nos armários ou cofres das casas desses meliantes, nos paraísos fiscais ou podem ser identificados com certa rapidez nos supercomputadores da Receita Federal, inclusive riquezas instantâneas e inexplicadas dos parentes de primeiro grau….
Hoje, dada a situação em que chegamos, é necessário verificar com eficácia e precisão a quais deputados e senadores estes assessores “pertencem”, e se há alguma forma de repasses de valores a esses políticos nefastos.
É preciso ainda identificar em quais autarquias, repartições e empresas públicas esses “fantasmas” estão inscritos ou foram nomeados. Há muitos que são contratados por empresas públicas, mas que às vezes são desviados para repartições onde não fazem nada ou quase nada a não ser “puxar o saco” do chefe.
Além disso, faz-se necessário saber o montante total que é destinado ao pagamento destes “fantasmas”, porque quando tudo isso for esclarecido, poderemos votar conscientes sem medo de errar.
Há um provérbio que diz: “Quem tem informação tem o poder”, e o sociólogo Alvim Tofler escreveu uma vez: “Tem poder quem decide melhor e decide mais rápido”.
* Engenheiro, empresário e autor do livro “Impossível É o que Não se Tentou”