Dez pontos importantes sobre a gripe 2018

  1. Gripe não é a mesma coisa que um resfriado forte

Gripe e resfriado são duas coisas completamente diferentes. A gripe é provocada pelo vírus Influenza, que é diferente dos que causam o resfriado (adenovírus, rinovírus…). Além disso, a gripe costuma ser mais contagiosa e muito mais grave.

  1. A gripe pode matar

Sim, pessoas morrem de gripe. Até outubro de 2016, foram confirmados mais de 2.000 óbitos pela gripe no Brasil (segundo a semana epidemiológica 42 de 2016 da VE da Saúde do Ministério da Saúde). Embora a maioria das pessoas se recupere dentro de duas semanas após a gripe, algumas podem desenvolver complicações graves, como a pneumonia e insuficiência respiratória, o que pode resultar em óbito. (https//portaldasaúde.com.br).

  1. Como se prevenir da gripe

Além das medidas usuais de higiene, já bem conhecidas (álcool gel, higiene nasal com SF etc.) a vacinação anual é a solução mais eficaz para prevenção contra os vírus da gripe.

  1. Vacinas contra a gripe causam gripe?

Não. As vacinas contra a gripe disponíveis no Brasil contêm vírus inativados (fragmentados), ou seja, “vírus mortos”, e por isso não é possível contrair a gripe após tomar a vacina. (https://www.cdc.gov/flu…).

  1. Se for vacinado e “pegar” a gripe, ela será mais suave?

A boa notícia é que as pessoas vacinadas que “pegam” uma gripe geralmente têm uma forma mais leve da gripe. Porém, podem contrair gripe com outros vírus que não fazem parte da vacina (https://www.cdc.gov/flu…).

  1. Qual a melhor vacina contra a gripe, a trivalente ou a quadrivalente?

As vacinas trivalentes contra a gripe 2018 contêm as mesmas três cepas que a vacina quadrivalente, que tem uma cepa B a mais, porém sem importância epidemiológica. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Associação Americana de Pediatria (AAP) não dão preferência pela vacina quadrivalente. O mais importante é que as duas vacinas contêm o H3N2, que é o vírus responsável pelos surtos ocorridos nos EUA e Europa. O mais importante é não demorar para se vacinar. O vírus da gripe é imprevisível. É fundamental que as pessoas se vacinem o mais rápido possível, pois as vacinas estão disponíveis tanto na rede pública como nas clínicas particulares (vacina trivalente fabricada pela GSK na Itália) (https://www.healthychildren.org).

  1. Quem deve tomar a vacina contra a gripe?

Em nossa opinião, todas as pessoas acima de seis meses de idade devem ser vacinadas, principalmente crianças e adultos com doença crônica do tipo asma, rinite e outras. Todos os idosos também, além de mulheres grávidas. Pais, mães, tios, avós e todos merecem e precisam se proteger contra a gripe, que pode ser fatal (Influvac – bula da vacina influenza trivalente italiana).

  1. Quando se deve tomar a vacina contra a gripe?

Recomenda-se vacinar-se contra a gripe assim que as vacinas estejam disponíveis em sua comunidade, o que geralmente acontece no outono (a partir do final de março e começo de abril), imediatamente antes de chegar o inverno (antes de agosto), uma vez que o corpo leva de uma a duas semanas para desenvolver os anticorpos contra a gripe (https://www.portaldasaúde.com.br).

  1. Deve-se tomar a vacina contra a gripe anualmente? Por quê?

Sim, deve-se tomar a vacina todo ano nesta época referida na pergunta anterior, pois as vacinas são atualizadas anualmente com as cepas de vírus que apresentam o maior risco de causar a gripe a cada ano. A cada ano que se toma, a vacina mais a pessoa fica protegida da gripe (https://www.portaldasaúde.com.br).

  1. Se os casos da gripe suína (H1N1) diminuíram, porque se deve tomar a vacina novamente?

A diminuição dos casos de H1N1 não significa que o vírus deixou de circular, e seus casos continuam sendo monitorados. Atualmente, o vírus H3N2 tem superado os números de infecções por gripe em quase todo o hemisfério norte e há muita probabilidade que atinja os países do hemisfério sul, principalmente devido à globalização e à Copa do Mundo (https://www.portaldasaúde.com.br).

* Médico pediatra com TEP em Pediatria pela Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Pediatria