Tatuí teve aumento no número de ocorrências de furto, furto de veículos, estupro, lesão corporal dolosa, homicídio culposo por acidente de trânsito e lesão corporal culposa por acidente de trânsito. Os dados foram comparados com o primeiro trimestre de 2017 e divulgados pela SSP (Secretaria de Segurança Pública), do Estado de São Paulo.
O número de homicídios culposos por acidente de trânsito – quando há negligência, imprudência ou imperícia – subiu de três para seis em 2018. As lesões corporais culposas por acidente de trânsito também tiveram aumento, de 88 para 97.
Diretor da Segurança Pública do município e responsável pela GCM (Guarda Civil Municipal), Francisco Carlos Severino explicou que o aumento está dentro da margem esperada, não sendo algo que traz preocupação para as autoridades e à população.
“Mostrou uma efetividade do trabalho dos órgãos de segurança do município, da Polícia Militar, Civil e da Guarda Municipal. A atuação da GCM tem uma produção alta e um número expressivo dentro desse contexto”, comentou Severino.
Os fatos envolvendo lesão corporal dolosa tiveram aumento superior a 10%, passando de 88, no primeiro trimestre de 2017, para 97, no mesmo período deste ano. Já os casos de furtos subiram de 200 para 269, sendo que os furtos de veículos aumentaram de 27 para 31 casos.
O total de registros de estupros também aumentou neste ano: em 2017, houve oito casos registrados pela SSP e, entre janeiro e março de 2018, foram 13 ocorrências. O número de casos envolvendo vulneráveis estuprados também subiu, de três para nove.
Por outro lado, a secretaria registrou queda nas ocorrências de homicídio doloso: nos primeiros meses de 2017, houve três ocorrências e, no mesmo período de 2018, nenhum caso foi registrado. O total de roubos também diminuiu, de 60 para 39.
“Há uma tranquilidade, uma sensação de segurança no município, por conta da união das instituições de segurança. Essa proximidade e soma de esforços traz esses números expressivos do trabalho no combate à criminalidade”, salientou o diretor.
O total de inquéritos policiais instaurados sofreu redução, de 292, entre janeiro e março de 2017, para 283, nos primeiros meses de 2018.
Mesmo com esse número menor, houve aumento dos casos de porte de entorpecentes (7 para 14), tráfico de entorpecentes (62 para 92) e porte ilegal de armas (0 para 2).
O número de autos de flagrantes lavrados subiu de 120 para 138. Os documentos resultaram em prisões e apreensões, que também tiveram resultado superior ao registrado nos primeiros meses de 2017.
Os menores infratores apreendidos em flagrante sofreram aumento, de 52 para 61, assim como o número de prisões efetuadas, de 176 para 191.
Do total, 182 foram presas em flagrante, contra 150, no primeiro trimestre de 2017. Outras 53 pessoas foram presas por mandado, superando as 46 que tinham sido recolhidas no ano passado.
Outro dado que teve aumento, entre janeiro e março deste ano em comparação com o mesmo período em 2017, foram os veículos recuperados, subindo de 23 para 31.
Severino destacou que, desde o ano passado, foi reativado o Gabinete de Gestão Integrada Municipal, que visa discutir ações preventivas, números e fazer planejamento anual para execução do trabalho conjunto na cidade.
“Na reunião do mês passado, nós fizemos uma análise dos números de 2017 e chegamos à conclusão de que os dados foram produtivos. Com essa reunião, desenvolvemos a Operação Integrada e obtivemos resultado significativo, com nove pessoas presas”, ressaltou.
Atualmente, 15 viaturas e 147 GCMs estão em ação na cidade, auxiliando a PM no combate à criminalidade. Segundo Severino, a tendência é continuar com o planejamento de operações durante 2018.
“A Guarda não só cuida do patrimônio da cidade, ela auxilia a população e faz um trabalho preventivo, através do seu patrulhamento, trazendo, assim, uma sensação de segurança para as pessoas que estão transitando pelo município”, concluiu.
Estatísticas estaduais
O Estado de São Paulo fechou março e o primeiro trimestre do ano de 2018 com queda nos registros de casos de vítimas de homicídios dolosos e de latrocínios, em comparação com o mesmo período de 2017. O mesmo se repetiu com todas as modalidades de roubos e furtos.
Os registros de homicídio doloso caíram 11,3%, passando de 301 para 267, com 34 a menos em março. O total é o menor em toda a série histórica do terceiro mês do ano, iniciada em 2001.
Já no trimestre, a diminuição foi ainda mais expressiva: 12,8%, caindo de 878 para 766, ou seja, 112 casos a menos. A quantidade também é a menor da série histórica para o período.
O número de vítimas de homicídio recuou 12,2% em março, de 320 para 281 – 39 a menos. O total é o menor desde 2001, quando começa a série histórica.
Na soma dos três meses, houve 804 vítimas de homicídio – o que representa redução de 14,6% em comparação ao mesmo período de 2017, quando foram contabilizadas 942 vítimas. É a primeira vez, nesse trimestre, que o total fica abaixo de 900.
Com as reduções, as taxas de homicídios do Estado diminuíram nos últimos 12 meses (de abril de 2017 a março de 2018): foram 7,23 casos e 7,65 vítimas a cada 100 mil habitantes, os índices mais baixos para a série histórica dos dados de criminalidade.
Os latrocínios caíram 32,3% no terceiro mês deste ano, passando de 31 para 21 ocorrências. Para março, a quantidade é a segunda menor da série histórica, atrás apenas de 2007, quando o mês teve 17 registros.
Já nos três primeiros meses do ano, o indicador reduziu 36,5%, caindo de 104 para 66. O total também é o segundo mais baixo da série, atrás de 2007, que teve 58.
No comparativo mensal, o número de vítimas de roubos seguidos de morte diminuiu 29%, já que passou de 31 para 22, alcançando o menor índice desde 2001.
Já no acumulado de janeiro a março, houve redução de 35,8% na quantidade de vítimas de latrocínio, caindo de 106 para 68. O total, que nunca havia ficado abaixo de 70, é o menor da série histórica.
Os roubos em geral diminuíram tanto no mês quanto no primeiro trimestre. Em março, a redução do indicador foi de 25,5%, com 7.695 ocorrências a menos (de 30.175 para 22.480). A soma é a menor desde 2013, quando o mês teve 20.455 registros do tipo.
De janeiro a março, houve queda de 17,1% dos casos, que passaram de 81.746 para 67.773. O total também é o mais baixo desde 2013, quando o trimestre teve 59.252.
Os roubos de veículos caíram 24,9% no terceiro mês do ano, passando de 6.374 para 4.790. A quantidade também é a menor da série.
De janeiro a março, houve queda de 23,4% nas ocorrências de roubos de veículos, que recuaram de 18.052 para 13.828, ou seja, 4.224 a menos. O índice também é o menor desde 2001.
Os roubos a banco caíram 54,5% em março. A diminuição mensal foi de seis ocorrências, sendo de 11 para 5 casos. A soma também é a menor da série. No trimestre, a redução foi ainda mais significativa: 62,9%, caindo de 35 para 13, com o menor total da série.
Os roubos de carga, por sua vez, passaram de 1.053 para 796 casos em março, com recuo de 24,4%. Para o mês, a quantidade é a menor desde 2014. Já no período entre janeiro e março, o indiciador reduziu em 17,4%, com 480 ocorrências a menos.
Os furtos de veículos diminuíram 11% no comparativo mensal. O total, que é o menor desde 2010, caiu de 9.872 para 8.787. A redução verificada no mês é de 1.085 registros.
Já no trimestre, o indicador contou com 5,6% de diminuição. O recuo foi de 1.486 casos, caindo de 26.609 para 25.123. A soma é a menor desde 2010, quando o período acumulado dos três meses contabilizou 24.169 ocorrências.
Os furtos em geral diminuíram 14,4% no mês, caindo de 48.593 para 41.616. A soma é a mais baixa desde 2002, quando foram verificados 37.477 boletins de ocorrência do tipo. Entre janeiro e março, houve queda de 2,4% do indicador, que passou de 134.187 para 131.005.
Os estupros tiveram aumento de 21,2% no mês e de 20,7%, no acumulado do trimestre. Em março, passaram de 978 para 1.185. Já na soma dos três primeiros meses do ano, foram de 2.667 para 3.218 registros.
Em março, o trabalho das polícias Civil e Militar resultou na realização de 16.467 prisões. Já no trimestre, houve aumento de 62 prisões efetuadas. O total, que passou de 46.765 para 46.827, é o segundo maior da série histórica, atrás apenas do mesmo período de 2016, que teve 46.972.
As polícias alcançaram, ainda, um recorde de produtividade nos flagrantes de tráfico de entorpecentes, tanto no comparativo mensal quanto no acumulado dos três primeiros meses do ano.