Solitária nuvem branca
passeia placidamente
sob o azul cristalino da madrugada
banhada de luar
Um turbilhão de estrelas enfeita
o espaço infindo derramando
poesia sobre a cidade adormecida
A brisa de verão cochicha
segredos na vasta folhagem
da velha mangueira no quintal
E eu escuto agora no meu sonho
o doce murmúrio de violões
bordando acordes que vibraram
nas serenatas de antigamente
Caio nos braços macios da surpresa
e acordo enxugando lágrimas
que rolam vagarosamente no meu rosto
beijado pelos lábios sutis da saudade