Segundo a revista “Saúde” (http://saude.abril.com.br), há um surto de hepatite A acontecendo agora em São Paulo. A doença, depois de uma década caindo sua incidência, começou a ganhar força na Europa e já se espalhou por diversos países. Na Califórnia (EUA), há mais de 4.000 casos diagnosticados. O aumento ocorre principalmente na faixa etária dos 20 aos 49 anos, em homens que fazem sexo com homens com HIV positivo.
A hepatite A é uma doença infecciosa aguda, causada pelo vírus da hepatite A, transmitido pela via oral ou, então fecal, e pode sobreviver até quatro horas na pele das mãos e dedos, sendo um fator importante nas pessoas infectadas, que não lavam bem as mãos após usar o banheiro.
A transmissão pode ser feita através de alimentos infectados, como alimentos crus ou vegetais, que não foram bem lavados; tomar água contaminada; moluscos e frutos do mar crus ou que não estejam bem cozidos, assados ou fritos; ter relações sexuais (sem uso de camisinha) com pessoas infectadas. Existem alguns fatores que causam mais risco de desenvolver a doença, como: beber água não filtrada; participar de assistência à infância ou trabalhar em um centro de assistência à infância; conviver com pessoas que tenham a hepatite A; viver ou viajar para regiões sem saneamento básico; usar drogas ilícitas injetadas ou não; ter um distúrbio de coagulação do sangue, como a hemofilia; ter contato oral e/ou anal com pessoas que possuem hepatite A; pessoas com HIV positivo com sistema imunológico comprometido. O Brasil tem risco elevado para a aquisição da hepatite A, principalmente no Norte e Nordeste, em razão de condições deficientes ou inexistentes de saneamento básico (esgoto a céu aberto), nas quais é obrigada a viver grande parte da população, inclusive nos grandes centros urbanos. Como exemplo, o surto, que também acontece no momento na favela do Vidigal, do Rio de Janeiro.
Os sintomas geralmente aparecem entre duas a seis semanas após o contato com o vírus da hepatite A, que, no início do quadro, podem ser confundidos com uma gripe ou gastrenterite leve. Os principais são: febre baixa, fadiga, dor de cabeça, dor nas articulações, perda do apetite. Após esses primeiros sintomas, podem ocorrer sintomas mais típicos, que levam o médico a desconfiar do diagnóstico, como: icterícia (pele e olhos amarelados), coceira na pele, urina escura (cor de “Coca-Cola”), fezes esbranquiçadas ou pálidas.
A hepatite Adura em média dois meses, geralmente tem evolução boa e, em 85% dos casos, a cura aparece em até duas semanas de tratamento. Uma vez infectado com a doença, o corpo se torna imune à doença para o resto da vida.
A prevenção:
Para evitar a doença, além das medidas de higiene, é muito importante a criança ser vacinada. A vacina é contemplada na rede pública com uma dose feita com um ano de idade, mas a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda um reforço com 18 meses de idade. Quem não tomou a vacina pode fazer em qualquer idade. Recomenda-se sempre duas doses.(Fontes: www.cives.ufrj.br – https://minutosaudavel.com.br)
* Médico pediatra – Cremesp 34.708