Pouco mais de dois anos após serem inauguradas, as operações do Cepat (Centro de Estatística e Prevenção de Acidentes), órgão vinculado ao DMMU (Departamento Municipal de Mobilidade Urbana), cessaram. A revelação foi feita pelo diretor Yustrichi Azevedo Silva a O Progresso, na quinta-feira, 8.
De acordo com o responsável pelo DMMU, a central de monitoramento de acidentes de trânsito “já não estava funcionando há algum tempo”.
Oficialmente, o departamento está captando informações com o Corpo de Bombeiros, porém, sem determinar os “pontos negros” do trânsito tatuiano, que conta com 78 mil veículos emplacados, de acordo com o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).
“Estamos pegando as informações com o Corpo de Bombeiros e, com elas, fazemos o mapeamento dos acidentes. Os levantamentos não influenciaram em nada, pois não usaram em ações práticas”, declarou.
Segundo o diretor, um novo órgão de monitoramento poderá ser criado após a elaboração do Plano Municipal de Mobilidade Urbana. No momento, o departamento tem outras prioridades, como a organização do trânsito com as interdições de pontes ao longo do ribeirão do Manduca.
“Os acidentes de trânsito, hoje, são aleatórios, não têm um local específico. Não temos previsão para que volte a funcionar. O que queremos fazer, futuramente, é um tipo de levantamento somente se for implantado o videomonitoramento na cidade”, ressaltou.
O Plano de Mobilidade deverá ser lançado em meados de agosto. A conclusão deve ocorrer até o início do ano que vem, conforme exigido em lei federal. Para a elaboração, deverá ser contratada uma empresa, que dará apoio em pesquisas sobre o trânsito tatuiano.
“O plano precisa iniciar neste ano, caso contrário, não dará tempo de concluí-lo no ano que vem. Estamos conversando com a Secretaria de Planejamento e Secretaria de Segurança Pública para fazer o projeto, mas isso vai gerar uma série de custos. Vamos ter que investir numa empresa especializada nisso, pois a cidade não tem capital humano para isso”, explicou.
Sobre o levantamento a ser realizado com vistas ao plano, o diretor contou ser necessária a contratação de pessoas para pesquisa de campo.
“Vamos fazer um estudo para sinalização de vias da cidade, quais os tipos de via precisam ter acesso fechado, como é o caso das vias de trânsito rápido, entre outras coisas que pretendemos fazer, como na área de mobilidade, o próprio Cepat, o plano de estatísticas. Não temos isso ainda”, opinou.