Corporação terá 5ª unidade fora de sede e 4 reabertas

 

Nas próximas três semanas, a Prefeitura deverá inaugurar a quinta base comunitária da Guarda Civil Municipal. A previsão é de que, a partir dessa unidade, o Executivo vá retomando o funcionamento de outras quatro – fora de atividade.

A reabertura está prevista no projeto operacional da corporação, apresentado pelo secretário municipal da Segurança Pública e Mobilidade, José Alexandre Garcia Andreucci.

Tatuí possuía, até 2012, quatro bases comunitárias, que funcionavam no Jardim Santa Rita de Cássia, no distrito de Americana, no Enxovia e no bairro dos Mirandas. Elas deverão voltar a atender com um “reforço”.

Andreucci antecipou que a Prefeitura implantará a quinta unidade, daqui a duas ou três semanas, no Jardim Mantovani, antecipou o secretário.

De acordo com ele, a abertura da base no bairro segue determinação da prefeita Maria José Vieira de Camargo. “Ela, pessoalmente, acabou cedendo um ponto que era do Fundo Social para ser o primeiro posto em atividade”, contou.

O prédio fica no início da avenida Mário Mantovani e funcionou, no início, como central de vendas para o empreendimento. Posteriormente, o imóvel foi cedido ao Fundo Social. No próximo mês, ele deverá ser ocupado por guardas.

Na sequência, o secretário informou que a Prefeitura reabrirá, conforme houver disponibilidade financeira, as demais unidades. “Já fizemos um levantamento do posto do Santa Rita. Como ele ficou muito tempo abandonado, está apresentando problemas estruturais”, disse.

Engenheiros da Prefeitura deverão percorrer os locais para indicar quais obras precisam ser feitas para que os prédios possam voltar a funcionar. A equipe vai avaliar, ainda, a situação da base no distrito de Americana.

Lá, a tendência é de que o prédio – que antes abrigou uma escola municipal de ensino fundamental – não seja ocupado. Andreucci explicou que o posto se situa na área mais baixa do bairro e, portanto, mais vulnerável a enchentes e alagamentos entre dezembro e março.

“O imóvel fica muito próximo ao rio Sorocaba, e, quando ele sobe, não pode ser usado. Logicamente, nós precisamos de um prédio livre de riscos”, comentou.

A ideia do secretário é transferir a base comunitária da área atual para um espaço livre de intempéries. Desta forma, além de atender aos guardas, o posto poderia ser utilizado como ponto de acolhimento a famílias que, porventura, venham a ficar desalojadas devido às enchentes.

Enxovia e Mirandas deverão ter os postos reabertos mais rapidamente. Conforme Andreucci, as bases localizadas nesses bairros estão em melhores condições estruturais. Necessitam, apenas, de pintura e restauração.

Seguindo determinação da prefeita, o secretário pretende transformar as unidades em “polos policiais”. O projeto prevê que as bases comunitárias sejam utilizadas como uma “extensão da Prefeitura” nas cinco regiões do município.

A Prefeitura quer levar, para os espaços, campanhas como as de agasalho e livro, além de implantar uma “Biblioteca do Saber”. Também busca oferecer a chamada inclusão digital. “Queremos que a população tenha acesso não só ao fundamental, que é a segurança pública, mas à função social”, argumentou.

Os postos da GCM poderão contar com totens digitais, a serem desenvolvidos em parceria com a Fatec (Faculdade de Tecnologia) “Professor Wilson Roberto Ribeiro de Camargo”. Trata-se de equipamentos dotados de telas sensíveis ao toque utilizados para acesso à internet.

Em Tatuí, o projeto nasceu de parceria desenvolvida entre o juiz Marcelo Nalesso Salmaso e o então capitão (atualmente, major) da PM Benedito Tadeu Galende.

Na época, o magistrado autorizou a cessão, para fins de estudo e pesquisas, de componentes de máquinas caça-níqueis, empregadas na exploração de jogos de azar e apreendidas pela PM no município.

“Eu gostaria muito que cada base comunitária tivesse um totem. O objetivo é levar a inclusão digital, com possibilidade de acesso à internet e a jogos, principalmente, para a população mais carente e mais jovem”, relatou o secretário.

Mais que garantir acesso aos dispositivos, Andreucci sustentou que o projeto reforçará a nova linha de trabalho da GCM: a de “polícia comunitária”.

“A vontade do governo é investir na parte social. Nos meus 30 anos de delegado, percebi que o problema da violência não é só a prisão e o esclarecimento de crimes. Eles ajudam na redução, mas não são a solução”, concluiu.