Além do idioma do nome, a exposição de Raquel Fayad e a instalação de Pietrina Atzori têm, em comum, ligação com a Itália. Os trabalhos das duas artistas plásticas seguem como atrações deste mês do Centro Cultural Municipal e do MHPS (Museu Histórico “Paulo Setúbal”), respectivamente.
Inaugurada no dia 7, a exposição de Raquel pode ser vista até o dia 31, na praça Martinho Guedes, 12, no centro. As visitas são feitas das 8h às 21h, entre as segundas-feiras e sextas-feiras, e das 18h às 21h, aos sábados e domingos.
No Centro Cultural, a artista plástica expõe oito telas produzidas a partir de residência artística. Os quadros têm, como marca, formas geométricas, uso de perspectiva e cores vibrantes. Eles foram pintados após intercâmbio vivido por Raquel em setembro do ano passado, quando ela viajou para Sardenha, na Itália.
Lá, ela encontrou-se com artistas selecionados para desenvolvimento de projetos e intervenções em espaço público no chamado “Paese Museo”. Trata-se de um projeto iniciado pelo artista italiano Pinuccio Sciola, em 1968.
As telas da mostra “Come Dimenticare La Sardegna?” (“Como Esquecer Sardenha”) trazem referências de experiências e de conhecimentos aprimorados pela artista. Também apresentam o entendimento dela sobre a interação com a comunidade italiana e os artistas que produziram pelo mesmo projeto.
Outra visão pode ser conferida no museu com os trabalhos de Pietrina. A italiana estreou, em Tatuí, a exposição “Anche il Clero Porta Le Mutande”, aberta pela primeira vez e que tem como tradução literal “mesmo o clero leva cuecas”.
A instalação teve abertura na sexta-feira, 11, com apresentação musical de Cibele Sabioni e Daniel Bortolini, seguida de roda de conversa com a artista. Pietrina veio a Tatuí a convite de Raquel, com quem se encontrou em Sardenha.
O trabalho é composto por 15 calcinhas de freiras italianas usadas nas décadas de 1920 a 1950. As peças de roupas são expostas em suportes “plantados” na terra.
A ideia é de “desnudar o conceito de que as religiosas não são mulheres como quaisquer outras”. Com olhar artístico e a adição de outros elementos, Pietrina quis evidenciar as freiras como mulheres, por meio de “customização”. Ela adicionou cor às peças, de modo a tornar evidente a sexualidade.
Também com entrada franca, a exposição pode ser vista até dia 10 de abril. Os horários são das 8h30 às 18h, de terça a sexta-feira, e das 9h às 17h, aos sábados, domingos e feriados. O museu fica à praça Manoel Guedes, 12, no centro.