“Nós apoiamos o artista seja qual for. Essa é a função do Departamento Municipal de Cultura e Desenvolvimento Turístico”. Assim o responsável pelo órgão, Jorge Rizek, sintetiza o objetivo do Centro Cultural Municipal.
Localizado na praça Martinho Guedes, 12, no centro, o espaço mantém as portas abertas para divulgação de trabalhos – muitos deles, resultados de pesquisas.
Ele é, também, o principal ponto de fomento cultural da cidade. Dedicado exclusivamente a artistas locais, o centro conta com uma agenda pré-determinada, mas maleável.
A programação de eventos é definida todo início de ano pelo diretor e equipe, e inclui ações com entidades, como o Fundo Social de Solidariedade. Em média, as feiras e mostras têm duração de um mês, não excedendo esse prazo.
As atividades deste ano tiveram início em janeiro, com exposição de fotos de Tatuí. Seguiram em fevereiro com mais fotografias, pela exibição “Tatuí Carnaval de Todos os Tempos”, a qual somou imagens, fantasias e itens relacionados às comemorações no município da maior festa popular do país.
Neste mês, o calendário segue com trabalhos da artista plástica Raquel Fayad. Ao todo, oito telas integram a exposição “Come Dimenticare La Sardegna?” (“como esquecer Sardenha”. Os quadros, coloridos e com formas geométricas, completam-se e apresentam sequência da experiência vivida pela artista na Itália. A mostra tem visitação até o próximo dia 31.
“Nossa programação conta com uma parte fixa, mas, à medida que o ano vai transcorrendo e temos novas possibilidades, vamos incluindo outras atividades”, explicou Rizek.
As alterações são feitas, quase sempre, quando há um pedido especial para o uso do Centro Cultural. Também, a partir de novidades garimpadas pelo diretor.
Rizek contou que a agenda do espaço pode sofrer alterações conforme a disponibilidade dos convidados. “Nós temos uma pauta, mas, às vezes, vamos encaixando novas atividades em função de imprevistos”.
Também por conta dessa maleabilidade, o diretor da Cultura e Desenvolvimento Turístico mencionou que qualquer artista local pode usufruir do espaço. A única ressalva é o acervo. “Ele está aberto a qualquer artista de Tatuí desde que tenha uma quantidade de obras para ser exposta”, explicou.
Em abril, o centro receberá novos trabalhos. O diretor antecipou a realização de uma exposição coletiva, organizada por Domingos Jacob Filho, o Mingo Jacob. Conforme ele, um grupo de artistas exibirá projetos diversificados. “Nós já começamos a enviar os convites. Tudo está planejado”.
Quem expõe no principal ponto de fomento cultural da cidade tem direito a “se apropriar” de um salão. Rizek explicou que o local pode ser adaptado para receber os diversos tipos de trabalhos. Entre eles, esculturas, livros e performances. “Até mesmo moda pode ser feito, contanto que tudo seja cultural”, frisou.
Outra área do Centro Cultural bastante movimentada é o teatro. Em função da procura, o espaço é permutado por grupos de artes cênicas e de dança (escolas ou profissionais que buscam aprimoramento) com pessoas de comunidades que desenvolvem ações artísticas no CEU (Centro de Esportes Unificados) das Artes. Eles têm como objetivo, inicialmente, realizar ensaios.
As apresentações deverão acontecer nos próximos meses e ao longo do ano, uma vez que os grupos estão iniciando os trabalhos de 2016. Rizek explicou que os atores e bailarinos, primeiro, definem quais textos ou obras vão trabalhar. Depois, escolhem o elenco e definem os papeis para, só então, ensaiar.
O teatro recebe, ainda, dois corais que realizam leituras periódicas. “Nós estamos abertos para quem quiser e para quem necessitar do espaço”, concluiu.