Cento e treze pessoas atendidas pela Litac (Liga Tatuiana de Apoio aos Cancerosos) serão beneficiadas por evento que acontece em Tatuí no mês que vem. A entidade realiza, dia 9 de outubro, um “chá beneficente”. A iniciativa visa angariar fundos para a manutenção das atividades da instituição.
Os convites são limitados, dão direito a concorrer a prêmios e podem ser adquiridos por R$ 20. Interessados devem procurar a sede da unidade, à rua Santa Cruz, 526. No mesmo endereço, a entidade mantém bazar permanente.
A entidade espera a participação de 80 pessoas. Até o início desta semana, 50 já haviam confirmado presença com a aquisição de convites. “Não é um chá grande. Estamos fazendo para poucas pessoas e aproveitando brindes que sobraram de um evento anterior”, contou a presidente da Litac, Gilda Bertanha.
Neste semestre, a entidade realizou uma ação anterior visando manter as arrecadações. Como não tem fins lucrativos, a liga precisa do apoio da sociedade, de empresas e voluntários para continuar atendendo.
“Como sobraram alguns brindes do evento que fizemos antes, resolvemos aproveitá-los para fazer esse chá, que é eventual”, explicou a presidente.
Além de chá, quem adquiriu convite terá direito a consumir dois tipos de bolo, pão de queijo e suco de laranja. Os comes e bebes serão servidos das 14h às 18h30. “Não haverá uma programação musical, mas será algo intimista”, disse.
Os participantes concorrerão a R$ 300, sorteados no local do evento, o Claudia Rauscher Buffet, empresa parceira do chá beneficente. A localização é a avenida Coronel Firmo Vieira de Camargo, 171, no centro.
A intenção da instituição é destinar todo o dinheiro arrecadado para atender às pessoas em tratamento contra o câncer. No município, a liga presta serviços a crianças, jovens, adultos e idosos. “São pessoas de idades variadas. Costumo dizer que vai de zero a cem anos”, disse Gilda.
Os pacientes recebem assistência médica e ajuda para medicamentos. A contribuição também contempla entrega de mantimentos a famílias de baixa renda, agraciadas com cesta básica. “Nós chegamos a ceder até frutas, para que os pacientes se fortaleçam e consigam passar pelo tratamento”.
De acordo com ela, o apoio é oferecido pelo período de um ano, podendo ser estendido por igual período em caso de necessidade. Ao final de 12 meses, as pessoas passam por uma avaliação. Caso a equipe verifique que elas já melhoraram, dão “alta”.
“Vamos nos despedindo de umas pessoas e recolhendo outras. Funciona como se fosse uma corrente do bem, e o ano todo”, descreveu a presidente.
Os pacientes antigos só dão lugar aos novos quando estão no chamado período de “manutenção”. Nesse caso, quando já foram submetidos a cirurgia ou quimioterapia, não apresentaram sintomas, mas precisam fazer exames periódicos. A partir desse momento, a Litac abre a vaga para outras pessoas.
Em Tatuí, a entidade atende pessoas que a procuram a partir dos mais variados caminhos. Algumas são encaminhadas por hospitais, como o “Amaral Carvalho”, de Jaú, e o Gpaci (Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil), de Sorocaba; outras são enviadas pelas prefeituras das cidades vizinhas.
“A Litac também atende pacientes que recebem indicação de quem conhece o nosso trabalho. Funciona assim, de boca em boca, porque, infelizmente, se formos procurar, digo que doentes não vão faltar”.
Para manter os atendimentos em dia e para todos, a instituição promove ações ao longo do ano. O chá deve compensar a queda na arrecadação. Por conta da recessão brasileira, Gilda afirmou que a Litac também está sendo afetada.
Entretanto, a presidente destacou que a população tem compensado essa redução. “O povo de Tatuí sempre responde bem ao nosso trabalho”, garantiu, referindo-se às vendas de mais da metade dos convites do chá a 12 dias da realização.
Outra fonte de renda é o bazar permanente, que ganhou novo espaço no dia 26 de março de 2015. Ele funciona em um barracão obtido por meio de permuta.
Inicialmente, a Litac pleiteou o imóvel que pertencia à extinta Sociedade Italiana e ganhou a ação. Com a posse, decidiu demolir a construção na qual já funcionava o bazar.
Como entendeu que o local não tinha mais condições de uso, resolveu montar um estacionamento. O local foi administrado pela Litac pelo período de cinco anos.
Passado esse prazo, a diretoria negociou a troca do imóvel, na rua 15 de Novembro, pela sede própria. Até então, a Litac tinha como endereço a casa da presidente.
No endereço atual, a entidade alocou todos os serviços oferecidos. A sede conta com espaço destinado ao registro de pessoas portadoras de câncer, para armazenamento e entrega de alimentos (cestas básicas) e de leite e para o bazar permanente. Ela tem, também, uma área destinada ao escritório e banheiros.
