10 de julho – Dia Mundial da Saúde Ocular: Prevenção e Nutrição para uma Visão Saudável

Rta Comunicação

Segundo a Organização Mundial da Saúde, aproximadamente 1,3 bilhão de pessoas vivem com alguma forma de deficiência visual. Dentre elas, 188,5 milhões têm deficiência visual leve, 217 milhões têm deficiência visual moderada a grave e 36 milhões são cegas. Em nível mundial, as principais causas de deficiência visual são os erros de refração não corrigidos e a catarata.

Pensando nisso, foi criado o Dia Mundial da Saúde Ocular, celebrado em 10 de julho, cujo objetivo é alertar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico de doenças oculares que, se não tratadas, podem levar à perda da visão.

No Brasil, as principais doenças oculares acompanhadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são:

Erros de refração (miopia, astigmatismo, hipermetropia)
Catarata, glaucoma e doenças da retina (retinopatia diabética, retinopatia da prematuridade, degeneração macular relacionada à idade – DMRI)
De acordo com um relatório do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, a catarata e os erros refrativos não corrigidos juntos representam 74,8% de todos os casos de deficiência visual.

Por isso, além de consultas periódicas com oftalmologistas para avaliar a acuidade visual e prevenir doenças, a nutrição também é importante na prevenção e no tratamento de doenças oculares. A Academia Americana de Oftalmologia listou vários alimentos e nutrientes que auxiliam tanto na prevenção quanto no tratamento dessas doenças.

Confira:

Luteína e zeaxantina: São encontradas na gema de ovo, milho, laranja, kiwi, uva, espinafre, abobrinha e abóbora. Os benefícios observados foram provenientes do consumo diário de 10 mg de luteína e 2 mg de zeaxantina ao dia para reduz o risco de degeneração macular relacionada à idade (DMRI)

Ovos: A gema de ovo foi considerada a melhor fonte de luteína devido ao seu maior teor de gordura e melhor biodisponibilidade. Um estudo randomizado com 33 homens e mulheres descobriu que consumir 1 ovo por dia durante 5 semanas aumentou os níveis de luteína e zeaxantina sem alterar os níveis de LDL, HDL ou triglicerídeos.

Vitamina C: Alimentos ricos em vitamina C incluem frutas vermelhas, frutas cítricas, brócolis, couve de Bruxelas e pimentões. A vitamina C atua como antioxidante, protegendo as células dos olhos contra danos causados pelos radicais livres. Ela também está envolvida na produção de colágeno, importante para a saúde dos vasos sanguíneos nos olhos.

Estudos sugerem uma diminuição no risco de degeneração macular relacionada à idade (DMRI) entre pessoas suplementadas com 500 mg de vitamina C ao dia. No Brasil, a recomendação de vitamina C é de 75 mg/dia para mulheres adultas e 90 mg/dia para homens adultos.

Vitamina A: Essencial para a saúde da retina e para a visão noturna. Ela ajuda a manter a integridade das células fotorreceptoras na retina, permitindo melhor visão em condições de pouca luz. Alimentos fontes incluem cenouras, batata-doce, espinafre, couve e fígado.

Vitamina E: É um potente antioxidante que desempenha um papel crucial na proteção das células oculares contra danos causados por radicais livres. Esses danos oxidativos podem contribuir para o desenvolvimento de várias doenças oculares, incluindo a degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Fontes alimentares de vitamina E incluem nozes, amêndoas e sementes de girassol.

Peixes: Salmão, sardinha, atum e bacalhau são ricos em ômega-3, ácidos graxos essenciais para a saúde ocular. Esses nutrientes auxiliam na boa circulação sanguínea, combatem os radicais livres e ajudam a prevenir doenças como glaucoma e olho seco. O salmão e a sardinha também são excelentes fontes de vitamina D, que ajuda a proteger contra degeneração macular relacionada à idade (DMRI).

Zinco: Importante para a saúde ocular, especialmente para a retina. Ele desempenha um papel crucial na produção de melanina, o pigmento que ajuda a proteger os olhos dos danos causados pela luz ultravioleta. Além disso, o zinco está envolvido no transporte da vitamina A do fígado para a retina, onde é convertida em melanina. A deficiência de zinco pode levar a problemas de visão, incluindo a degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Fontes alimentares ricas em zinco incluem carne vermelha, frutos do mar (especialmente ostras) e grãos integrais.

Óleo de linhaça: Contém ácidos graxos ômega-3, especialmente o ácido alfa-linolênico (ALA). Esses ácidos graxos são essenciais para a saúde da superfície ocular e ajudam a reduzir a inflamação crônica que contribui para o olho seco.

Estudos mostram que a suplementação com óleo de linhaça, sozinho ou em combinação com colírios lubrificantes, pode aliviar os sintomas de olho seco, como ardência, vermelhidão e distúrbios visuais.

Escrita por:
Adriana Stavro – Nutricionista Mestre pelo Centro Universitário São Camilo

Curso de formação em Medicina do Estilo de Vida pela Universidade de Harvard Medical School

Especialista em Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) pelo Hospital Israelita Albert Einstein

Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional pelo Instituto Valéria Pascoal (VP) Pós-graduada EM Fitoterapia pela Courses4U.

Instagram – @adrianastavronutri – Mais informações https://lattes.cnpq.br/