Zé Celso Leite morre aos 80 na madrugada de quarta desta semana





Morreu na madrugada de quarta-feira, 20, na Santa Casa de Misericórdia, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tatuí, José Celso Leite, conhecido como “Zé Leite”. O sepultamento aconteceu às 17h do dia 20, no Cemitério Cristo Rei. A causa da morte não foi divulgada pela família.

Nascido em 4 de abril de 1935, em Tatuí, ele foi casado com Maria Aparecida Rodrigues Leite até 1997. Mais tarde, já divorciado, passou a manter união estável com Claudete Miranda.

No comando do sindicato há mais de 40 anos, Leite dedicou boa parte da vida a lutar pelos direitos dos trabalhadores. Pedro Pires Nogueira, tesoureiro da instituição, lembra que Zé Leite tinha como lema “a justiça” e por, conta disso, conquistou diversos benefícios para a classe.

“Anualmente, são negociados reajustes salariais para a categoria, e ele participava de toda a negociação junto ao Ministério do Trabalho”, conta o tesoureiro.

Segundo o neto Fausto Leite, o presidente era considerado um homem íntegro, respeitável e honesto. “Quando entrou no sindicato, tinha um sítio e um Fusca e, 40 anos depois, saiu da mesma forma, comprovando, assim, a sua honestidade”, ressalta Fausto.

Ainda segundo ele, com a família, foi um homem que cumpria com suas responsabilidades, sempre presente e muito atencioso. “Eu, seu neto, passei toda a minha infância com ele, no sítio. Por isso, o gosto que tenho pelas criações. Ele sempre me apoiando em tudo e me ensinando, um pai sempre preocupado com o filho, um bom marido e companheiro com sua esposa”.

De acordo com Nogueira, durante os anos em que este à frente da presidência, lutou e conquistou diversas melhorias trabalhistas e previdenciárias. Ele ressalta que Leite tinha muitas qualidades e se destacava, principalmente, pela preocupação e bem-estar do próximo.

“Era uma autoridade, muito conhecido e respeitado em Tatuí, assim como na região, pelo seus serviços prestados e sua luta pela defesa dos trabalhadores rurais”.

Leite também ficou conhecido por ser bastante religioso. Durante muitos anos, frequentou a Matriz Nossa Senhora da Conceição, no centro. Auxiliava nos trabalhos da igreja como membro ativo do movimento Renovação Carismática Católica (RCC) e ainda era ministro da eucaristia.