RAUL VALLERINE
Sem voto não há eleição e eleitos. Sem eleitos diretamente pelo voto não há democracia. O povo participa diretamente do governo quando escolhe seus dirigentes e representantes legítimos, quando exerce seu direito de cidadão através do voto consciente.
Muito se discute sobre a importância do voto. Para uns poucos, o voto não muda nada na realidade brasileira; estes, céticos quanto ao seu significado, nem sequer comparecem para votar. Para outros, sua influência é mínima; por isto, dão-lhe pouca importância.
Para muitos outros, o voto é decisivo para definir os rumos do Brasil: se para melhor, se para pior. Para estes, é de fundamental importância a efetiva participação no processo eleitoral, escolhendo bem, com critérios, aqueles que merecerão o seu voto, e, portanto, a sua confiança para dirigir os destinos da nação.
Em nosso dia a dia a vida tem mostrado e demonstrado que o voto é a mais poderosa ferramenta de todas quantas dispomos nós, os cidadãos.
Por meio dele, escolhemos o Brasil que queremos, para a nossa geração e para as vindouras. Isto porque o que se faz em quatro anos, para melhor ou pior, tem reflexos diretos, não raras vezes, por décadas a fio.
A pior delas é a falta de respeito, de ética, e principalmente de dignidade, com que os nossos escolhidos têm trabalhado a administração do dinheiro público.
O que estamos vivenciando hoje é a consequência do voto dado no passado sem qualquer critério e sem a análise do histórico político deste candidato.
Portanto, não se duvida que tudo o que estamos vendo na televisão e que nos revolta todas as manhãs diante do noticiário nacional é resultado das nossas escolhas. Estes políticos não estariam agindo da forma que agem senão fosse pelo nosso voto.
Praticamente assinamos uma procuração em branco e outorgamos a eles todos os poderes de fazer e desfazer, em total desacordo com o que esperamos de pessoas honestas e íntegras.
Com efeito, diante de tantos escândalos e da evidência de inúmeros desvios de comportamento, infelizmente o que vem prevalecendo é o jogo de poder.
O referido jogo pode ter seu final decretado e sepultado se o eleitor brasileiro tiver a consciência de que o seu direito ao voto tem valor e que dele todos nós colhemos as consequências.
Fato é que devemos nos esforçar e fiscalizar cotidianamente a trajetória dos nossos escolhidos, como também, antes mesmo de votar, devemos analisar a trajetória de vida deste candidato, melhor dizendo, se o mesmo é ou não ficha limpa.
Estamos fartos de sermos enganados, de não termos uma educação satisfatória, um atendimento digno na rede pública de saúde e um transporte público eficiente. Momento favorece mudanças.
Neste cenário é certa, que a crise é, antes de tudo, uma oportunidade de mudança, ocasião em que o povo brasileiro precisa se unir e colocar nas cadeiras públicas pessoas honestas, dignas e comprometidas como seu semelhante e não consigo mesmo e com seus comparsas de golpe.
Assim, de extrema importância que saiamos do nosso casulo, da nossa zona de conforto, pois precisamos ter a consciência de que o resultado de uma escolha malfeita é o quadro de crise moral e ética que visualizamos hoje ao nosso redor e que tanto nos envergonha e entristece.
A hora é esta, a mudança virá pela importância e consciência que depositaremos no voto daquele candidato que foi previamente analisado e pesado pelo eleitor.
Nestas eleições quebrem, os padrões analise e escolha o seu candidato como se escolhesse um cirurgião para lhe salvar a vida. Você pode mudar os destinos do nosso país escolhendo a pessoa certa. Pagamos muito caro para ser cidadãos neste país, temos o direito de exigir o melhor.