A Secretaria Municipal da Saúde confirmou a existência de dois casos positivos de dengue na cidade em 2019. Trata-se de um importado, em que o paciente, um homem, morador do centro, contraiu a doença fora da cidade, e um autóctone (contraído no município), de um menino de 12 anos, morador da vila Angélica.
Desde o início do ano, foram notificados 26 pacientes com suspeita de dengue no município, sendo que 20 foram descartados, dois confirmados e dois ainda seguem aguardando resultado. Os casos estão sendo acompanhados pelo Setor de Combate à Dengue.
Em dois anos, o número de casos confirmados de dengue em Tatuí caiu de 127 para três, conforme levantamento divulgado pelo Setor de Combate à Dengue, da Secretaria Municipal de Saúde. Os índices incluem registros de 2016 até novembro de 2018 e representam queda de 97,6%.
Segundo o setor, em 2016, 546 casos da doença foram notificados como suspeitos, sendo que 127 acabaram confirmados por meio de exames. Desse total, 409 foram descartados, 96, considerados autóctones (contraídos no município), 31, importados, e seis, inconclusivos.
No ano seguinte, 2017, o número de casos notificados como suspeitos caiu para 134, sendo somente seis confirmados (três autóctones e três importados), dois inconclusivos e 126 descartados.
De janeiro a novembro de 2018, foram notificados 54 casos suspeitos de dengue, sendo que 51 acabaram descartados e três, confirmados – todos importados -, nos meses de fevereiro, maio e outubro.
De acordo com a coordenadora do Setor de Combate à Dengue, Rosana Alves dos Santos Lopes, a melhor forma de combater as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti é o combate aos focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença.
Para isso, é importante evitar o acúmulo de água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerante, pneus velhos, vasos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras.
A prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, realizou na segunda-feira, 18, no Centro de Artes e Esportes Unificados “Fotógrafo Victor Hugo da Costa Pires”, o CEU das Artes, uma reunião para intensificação nas ações de prevenção e combate à Dengue.
O encontro foi direcionado a todos os enfermeiros e agentes comunitários de saúde das unidades Estratégia Saúde da Família.
O evento esteve conduzido pelo interlocutor de Atenção Básica para Arboviroses do Departamento Regional de Saúde, Eduardo Costa Pini, e pela coordenadora do Setor de Combate à Dengue, Rosana Alves dos Santos Lopes; pela diretora de Atenção Básica, Marília Bernardo; pela coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Rosana Oliveira; e pela enfermeira responsável pelo Setor de Imunização, Elis Diniz.
Além de abordar a prevenção em doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, foi solicitado aos enfermeiros e agentes comunitários que façam, durante os meses de março e abril, uma intensificação nos bairros em que estão lotados e nas respectivas unidades básicas de saúde, com o intuito de “passar um pente fino” no quesito criadouros e de orientar os moradores.
“A dengue tipo 2 está aí no estado de São Paulo e nenhum município está imune. Por isso, precisamos nos unir para planejar, alinhar as estratégias de intensificação e agir na conscientização e no controle junto aos munícipes”, destacou Rosana, por meio de nota à imprensa.
Para saber se uma pessoa contraiu a dengue, é preciso consultar um médico e realizar os exames. Os sintomas da doença podem ser confundidos com outras patologias.
Segundo o Ministério da Saúde, as ocorrências mais comuns são febre alta, erupções cutâneas e dores musculares e articulares. Em casos mais graves, o paciente pode sofrer com hemorragia intensa e choque hemorrágico (quando a pessoa perde mais de 20% do sangue ou fluídos corporais), o que pode ser fatal.
”Se a pessoa sentir os sintomas relacionados à doença, é importante que não se automedique. Que ela procure o atendimento médico, um postinho de saúde ou o pronto-socorro”, orientou Rosana.
Os doentes podem também sofrer com dores fortes nas articulações, nos músculos, atrás dos olhos, costas, abdômen e ossos. Os sintomas ainda incluem dor de cabeça, manchas avermelhadas pelo corpo e náuseas.