Vigência de contratos de coleta e ambulância é o que mais preocupa





A vigência de dois contratos firmados pela Prefeitura tem sido motivo de preocupação para a equipe da prefeita eleita Maria José Vieira de Camargo. O vice-prefeito eleito, Luiz Paulo Ribeiro da Silva, informou à reportagem de O Progresso que os compromissos de duas empresas com o Executivo estão prestes a terminar.

De acordo com ele, além da questão financeira (que diz respeito ao Orçamento e às dívidas que comprometeriam o caixa da Prefeitura ainda a partir do ano que vem), os contratos de coleta e destinação de lixo doméstico e para uso de ambulâncias no transporte de pacientes que fazem tratamentos e realizam exames médicos em outros municípios acabam antes do fim do ano.

Pelo levantamento preliminar, divulgado pelo coordenador de transição da equipe de Maria José, a Proactiva deve manter o acordo firmado com o Executivo até o fim deste mês.

A empresa foi contratada em caráter emergencial, em março deste ano, depois de a Prefeitura ter suspendido os serviços de coleta e destinação de resíduos feitos pela Proposta Engenharia Ambiental.

No dia 4 de março, o Executivo assumiu a responsabilidade pela coleta e anunciou um “novo sistema”, após divergências. Na ocasião, a Prefeitura informou, em nota, que decidira pela mudança por “reclamações e para melhorar a qualidade”.

A empresa anterior anunciou que a Prefeitura devia um total de R$ 6.277.331,11 pelos serviços. Também alegou que, sem o pagamento, não conseguiria arcar com o salário dos funcionários.

Pelo menos 50 precisariam ser dispensados, o que motivou realização de “mesa redonda” no MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) para discussão de solução do impasse.

Com a mudança, a Prefeitura assumiu a coleta, assinando contrato emergencial para aluguel de caminhões e uso do aterro sanitário mantido pela empresa em Iperó. Pela convenção, a Proactiva locou oito caminhões, sendo quatro em cada turno (um pela manhã e outro à noite) para o recolhimento.

Na ocasião, o Executivo anunciou que o serviço de coleta estaria a cargo de 16 equipes de coletores, cada uma composta por um motorista e mais quatro funcionários. Ao todo, 80 trabalhadores passaram a se dedicar ao recolhimento.

Também até o fim de novembro, o município ficaria sem ambulâncias para atender a pacientes que precisam de tratamento fora da cidade. Entre os prejudicados, estariam pessoas que realizam hemodiálise.

O transporte de pacientes em ambulâncias é feito pela Empresa de Ônibus Rosa, responsável, também, por levar universitários para estudo em outras cidades. Conforme o vice-prefeito eleito, a informação é de que as viaturas tinham sido devolvidas pela viação por falta de pagamento do Executivo.

O município estaria devendo à Rosa mais de R$ 4 milhões pela locação dos veículos. Em outubro, a diretoria da viação confirmou que, se não houvesse pagamento, o contrato para o transporte dos pacientes também poderia ser suspenso.

Ainda em 2017, o Executivo poderá dispor de menos veículos para a segurança pública. Segundo Luiz Paulo, veículos locados pela atual administração para atender à Guarda Civil Municipal devem ser devolvidos até o final do ano.

O motivo seria o fim do prazo contratual. “O que mais nos preocupa são esses contratos. Nós queremos ter acesso às informações contábeis para podermos prever se haverá um enxugamento na máquina, para dimensionarmos e fecharmos o projeto da reforma administrativa”, concluiu.