Vidros fabricados em Tatuí serão utilizados na construção do novo muro da raia olímpica da USP (Universidade de São Paulo), na Cidade Universitária. A Guardian fornecerá 15 mil m² de vidro “float” incolor e verde.
Segundo a empresa, a derrubada do atual muro, construído em alvenaria, terá um “efeito simbólico de abrir o campus à população” e será um marco na paisagem urbana, estabelecendo uma nova fronteira visual na marginal Pinheiros.
“É uma honra para a Guardian participar desta iniciativa e presentear a cidade de São Paulo com uma obra que será a vitrine de vidro da USP. A utilização do vidro em um projeto tão icônico reforça a posição do nosso produto como um dos materiais que melhor representam o estilo contemporâneo da construção civil, e que permitirá a perfeita integração dos ambientes, com um visual mais moderno, leve e agradável”, declarou Renato Sivieri, diretor de marketing da multinacional.
De acordo com nota enviada à imprensa, o vidro float da Guardian é 100% ecológico e reciclável, e possui alta qualidade óptica, com índice de reflexão de apenas 8%, sendo uns dos mais transparentes do mercado.
O material é produzido na planta da companhia em Tatuí, cujo processo de fabricação conta com um sistema automático de inspeção óptica e física para garantir a uniformidade e transparência livre de distorção.
Com 2,2 quilômetros de extensão, o novo muro terá quatro metros de altura, sendo três metros de vidro, com dez milímetros de espessura, e um metro de alvenaria (com aproveitamento do muro existente).
Com essa estrutura, os níveis de poluição sonora averiguados na raia da USP permanecerão inalterados, segundo estudo divulgado pela universidade.
Antes de serem aplicados na obra, os vidros passarão por processo de beneficiamento e serão temperados pela empresa Tempermax, para que atendam aos requisitos de segurança e desempenho previstos em normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Além disso, será aplicada uma película adicional de proteção que os deixarão ainda mais resistentes e seguros.
O vidro a ser utilizado no muro da Cidade Universitária é cinco vezes mais resistente que o tipo comum, tem maior resistência à flexão e suporta diferença de temperatura de até 200 °C. Em caso de quebra, é mais resistente, devido ao fato de fragmentar-se em pequenos pedaços, pouco cortantes.
O projeto do novo muro da raia da USP é assinado pelo escritório de arquitetura Jóia Bergamo, e prevê, ainda, a instalação de câmeras de monitoramento, tratamento paisagístico e iluminação por LED (diodo emissor de luz).
O custo anunciado pelo prefeito de São Paulo, João Doria, será de R$ 15 milhões, totalmente doados pela iniciativa privada. A previsão é de que a obra seja iniciada em setembro deste ano e concluída até 25 de janeiro de 2018, dia do aniversário da cidade de São Paulo.