Vida Depois da Vida

Aqui, Ali, Acolá

José Ortiz de Camargo Neto *

Frase do dia: Desta vida só se leva o bem que fizemos.

Caros amigos:

Decidi rever, hoje, um filme impressionante, baseado em fatos reais, que vi muito tempo atrás: “Life After Life” (Vida Depois da Vida).

Quando o assisti agora, pela segunda vez, percebi muitas coisas extraordinárias, que não havia notado antes. É o que desejo compartilhar neste artigo.

O filme é um documentário sobre o famoso livro do médico e psicólogo Dr. Raymond Moody, da década de 70, sobre extraordinárias experiências reais de quase morte

O autor catalogou mais de 2.000 casos de pessoas que tiveram morte clínica mas, de repente, voltaram à vida, para contar sua história.

O documentário – que recomendo a todos assistirem – traz o relato de quatro desses casos, sendo: um homem que morreu atingido por um raio, uma mulher que se suicidou com um tiro no peito, um dissidente da União Soviética assassinado pela KGB e o caso mais famoso, do Dr. George Ritchie, que ficou nove minutos dado como morto e tornou à vida, escrevendo sua própria experiência no também famoso livro “Voltar do Amanhã”.

Vou tentar resumir aqui o que eles disseram: em primeiro lugar, todos eles sentem-se flutuar acima do corpo; sentem um bem-estar indescritível (todas as dores acabam); leem os pensamentos de todos a sua volta; acaba a noção de tempo e distância: sentem que estão em todos os lugares e também perto do próprio corpo, que jaz na enfermaria; basta querer estar num lugar, que imediatamente estão lá; ficam confusos, pois ao mesmo tempo que não existem com o corpo, continuam existindo sem ele; atravessam portas, paredes e pessoas; veem os outros e falam com eles, mas ninguém os vê ou escuta; entram por um túnel que os leva para cima; no final do túnel encontram uma luz que é puro amor e compreensão infinita; nunca se sentiram tão amados na vida; este ser, que identificaram como Deus, lhes diz para mostrarem o que fizeram de suas vidas. Nesse momento, toda sua vida surge a seu lado. Tudo o que fizeram, falaram ou sentiram está ali acontecendo ao mesmo tempo. Eles notam que os atos de amor, mesmo pequenos, modestos, mas feitos por afeto é que têm valor. Cada coisa que fizeram, veem o ato em si e a repercussão que teve nos outros – e os atos de pura bondade, sem interesse, repercutem em todo o universo, enquanto grandes conquistas (fama, dinheiro) não têm quase importância. Mas o ser não os censura, apenas conscientiza.

Daí a frase do dia: Desta vida só levamos o bem que fizemos.

Até logo.

* Jornalista e escritor tatuiano