Estamos no país das bolsas e programas Mais. Temos Bolsa Família, Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Bolsa Ditadura (para perseguidos políticos), Bolsa Permanência (para estudantes com bolsa integral), Bolsa Copa (para bombeiros e policiais que irão trabalhar na Copa do Mundo), Bolsa Olímpica (para policiais do Rio de Janeiro), e por aí vai. Também temos os Programas Mais Alimentos, Mais Empregos, Mais Educação, Mais Médicos, etc..
O programa Mais Educação deveria se chamar Menos Educação, pois o que vemos na prática é uma destruição do sistema nacional de ensino público, que já foi muito melhor no passado. O governo não tem dinheiro para investir em Educação, mas, ao mesmo tempo, utiliza milhões de dólares do BNDES para financiar projetos da ditadura cubana. Aliás, quando falamos em Cuba nos lembramos do Programa Mais Médicos, que é uma afronta à dignidade humana, bem característica dos governos ditatoriais.
Como pode o governo brasileiro pagar R$ 10 mil por médico para Cuba e o profissional importado receber menos de R$ 1 mil? Na verdade, isso é mandar dinheiro para a ditadura cubana e fomentar a escravidão, tão criticada por todos, como a escravidão industrial da China comunista, onde os trabalhadores ganham salários de fome e não têm liberdade nem para trocar de emprego. Por outro lado, fomentamos a mesma situação quando importamos médicos de Cuba com salários aviltantes e sem liberdade, pois seus passaportes são confiscados e seus passos vigiados. Os problemas já começaram e os médicos estão procurando asilo em outros países e muitos deles vêm ao Brasil na esperança de fugir daquela beleza de país.
No meio de tanto disparate, sugiro criar o Programa Mais Vergonha na Cara, numa primeira fase, exclusivo para políticos. Depois de implantado nessa classe, seria expandido para toda a população. Seria um programa no qual a remuneração é na forma de votos. Um político que não tenha ligação a nenhum processo de corrupção (lembrar o mensalão), nenhum problema de pedofilia (lembrar o prefeito de Coari, no Amazonas), nenhum envolvimento com o tráfico de drogas e qualquer desvio de dinheiro público, recebe o selo de qualidade do Programa Mais Vergonha na Cara (tipo selos ISO) e pode se candidatar a receber nossos votos.
O político que não tem esse selo de qualidade não pode ser candidato e terá seu voto impugnado automaticamente na urna, caso alguns “companheiros” votem nele por descuido. A quantidade de candidatos seria bem menor e o programa traria vantagens para o país no curto prazo, pois teríamos melhores representantes no poder. Nós podemos dar início a esse programa nas próximas eleições, mesmo que ele não esteja devidamente estruturado e legalizado. Vamos nos unir e não votar em nenhum político que não esteja enquadrado no Programa Mais Vergonha na Cara. Se o Programa crescer, melhor para o Brasil.
* Escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Nova Terra – Recomeço. Saiba mais em www.facebook.com/celio.pezza.