Última edição da “Roda de Choro” do ano recebe músico Dirceu Leite

Multi-instrumentista fará apresentação na tarde desta terça, no P. Setúbal

Dirceu Leite é considerado um dos mais importantes instrumentistas de sopro em atividade no Brasil (Foto: AI Prefeitura)
Da redação

O MHPS (Museu Histórico “Paulo Setúbal”) sedia, na tarde desta terça-feira, 28, a última edição do ano do projeto “Roda de Choro”. A iniciativa é realizada pelo Clube de Choro do Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” de Tatuí, em parceria com a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Esporte, Cultura, Turismo e Lazer.

O convidado especial é o flautista, saxofonista e clarinetista Dirceu Leite, considerado um dos mais importantes instrumentistas de sopro em atividade no Brasil. Multi-instrumentista, tem domínio desde o flautim até o clarone, passando por toda a família dos saxofones e vários tipos de flautas.

Requisitado por nove entre dez estrelas da música brasileira, grava e se apresenta constantemente com artistas como Zeca Pagodinho, Chico Buarque, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Ney Matogrosso, Ana Costa, Beth Carvalho, Rita Lee e diversos outros.

Leite tem participação nos DVDs acústicos MTV de Cássia Eller, Rita Lee, Jorge Benjor, Zeca Pagodinho, Ney Matogrosso, Chico Buarque, Beth Carvalho, Fundo de Quintal, Dudu Nobre, Razão Brasileira, Carlinhos Lyra, Beth Carvalho, Diogo Nogueira e a caixa comemorativa de Rita Lee, pelo selo Biscoito Fino.

De sólida formação erudita e popular, estudou com Hans-Joachim Koellreutter – que dirigiu o Conservatório de Tatuí, em 1983; com J. T. Meirelles e Íon Muniz, entre outros professores.

Também participou em diversas trilhas de novelas e minisséries da Rede Globo, tais como: “A Muralha”, “JK”, “Amazônia”, “O Cravo e a Rosa”, “Direito de Amar”, “Sabor da Paixão”, “América”, “Sinhá Moça”, “Paraíso Tropical”, “O Sítio do Pica-Pau Amarelo”, e outras.

No cinema, tem participação na trilha e no filme sobre a vida de Noel Rosa. No teatro, tocou no espetáculo “Sweet Charity”, com Cláudia Raia, e integra o elenco dos musicais “Sassaricando” e “O Rio Inventou a Marchinha”. Com o grupo Coreto Urbano, participou do Free Jazz em 1998. Em 2001, novamente no Free Jazz, acompanhou o grupo americano The Temptations.

Participou da homenagem a Billy Blanco na Sala “Cecília Meireles”, sob a regência do maestro Gilson Peranzzetta. Com o maestro Mário Adnet, fez trabalhos significativos, como gravar ao lado de Randy Brecker e Billy Drews; fez parte da Orquestra Ouro Negro, de Moacir Santos, idealizada por Mário Adnet, e recentemente integrou o projeto “Jobim Jazz” na gravação do CD.

Excursionou com nomes expressivos da MPB por cinco capitais brasileiras, sob a regência do maestro Wagner Tiso. Em 1995, acompanhado de mestres da música instrumental, tais como Raphael Rabelo e Cristóvão Bastos, lançou seu primeiro CD, “Leite de Coco”, no qual recria obras esquecidas de grandes compositores da música brasileira, além de composições próprias. Esse trabalho foi indicado para o Prêmio Sharp como revelação instrumental em 1996.

Em 2006, gravou “Cacique Instrumental”, que faz uma homenagem aos grandes compositores do “Cacique de Ramos”, bloco carioca que revolucionou o samba ao incluir o tantã, o repique de mão e o banjo no samba. Essa gravação contou com a participação de Hamilton de Holanda, Rildo Hora, Victor Santos, Chico Chagas e Carlos Malta.

Atualmente, apresenta um duo com Gabriel Improta, integra a banda do maestro Wagner Tiso e acompanha Carlinhos Lyra, Beth Carvalho e a cantora Miucha.

No município, o músico finaliza a edição 2023 do projeto que tem como objetivo “reunir os amantes do choro e proporcionar momentos de boa música, diversão e compartilhamento de conhecimento sobre o gênero musical”. A performance começa a partir das 17h, no museu, que fica à praça Manoel Guedes, 98, no centro. A entrada é gratuita.