Trabalho social do Cras no CEU já atende 300 famí­lias locais





Moradores dos bairros próximos ao CEU (Centro de Artes e Esporte Unificados Tatuí) já podem receber atendimento do Cras (Centro de Referência de Assistência Social), instalado no mesmo prédio onde funciona o dispositivo esportivo, à rua José Ribeiro de Campos (antigo curtume).

A entidade atende aos 12 bairros da chamada zona centro–norte, os quais integram: Santa Luzia, Thomaz Guedes, vila Primavera, Vale da Lua, San Raphael, São Lázaro, Rosa Garcia 1 e 2, Vicente Corrêa, San Marino, Santa Rosa e vila Menezes. O horário de funcionamento da unidade é das 8h às 17h, de segunda-feira a sexta-feira.

De acordo com Márcio Fernandes de Oliveira, secretário da Indústria, Desenvolvimento Econômico e Social, a implantação da assistência já estava pré-determinada no projeto do CEU antes mesmo do inicio das obras.

O secretário explica que a criação de uma unidade do Cras dentro de um espaço esportivo é estratégica. “A junção de esporte, social e cultura é fundamental para tentar resgatar as pessoas de algumas determinadas situações de risco”, acredita Oliveira.

Nas instalações, há uma equipe formada por uma coordenadora, duas assistentes sociais, uma psicóloga, uma secretária e um conjunto multidisciplinar com dez pessoas que realizam diversas oficinas à comunidade.

Hip hop, pinturas, colagem e recorte, curso de design de sobrancelhas são algumas das opções. Além de oferecer atividades desenvolvidas pela própria entidade, o Cras mantém parceira com o Fundo Social de Solidariedade de Tatuí, onde os atendidos têm à disposição cursos de cozinha (bolo, salgados, confeitos) e corte e costura.

O secretário frisa que o objetivo principal da assistência é buscar e inserir a população carente nos programas sociais desenvolvidos pelos governos federal e estadual.

“O Cras é a porta de entrada dos problemas sociais de uma cidade. Não existe a possibilidade de você conhecer, literalmente, as pessoas carentes da sua cidade se você não tiver um”, pontuou.

Para localizar as famílias necessitadas, a equipe técnica do Cras faz uma “busca” na região onde estão inseridos, indo de casa em casa para checar a situação das pessoas daquela comunidade. Quando o procedimento é finalizado em todo o perímetro, o ciclo de visitas nos bairros reinicia.

Depois de mapeadas, conforme as necessidades, as pessoas são integradas aos programas sociais, como o Bolsa Família, o Viva Leite, o Renda Cidadã, ou o Minha Casa, Minha Vida, por exemplo.

“A finalidade do Cras é evitar que essas famílias continuem numa situação de risco. Porém, também as encaminhamos para cursos de capacitação, não é só inseri-las nos programas sociais”, ressaltou Oliveira.

Os interessados em receber o auxilio podem procurar a entidade, mas o encaixe para o recebimento do beneficio só acontece após a visita social dos técnicos, que vão identificar a real necessidade da família.

Apesar de ressaltar a importância, o secretário acredita que os projetos de auxilio do governo deveriam ser um apoio temporário. “A ideia dos programas sociais é ajudar aquelas pessoas por um determinado tempo, até elas conseguirem se inserir no mercado de trabalho. Mas, elas acabaram se perpetuando”, avaliou.

Em funcionamento desde a inauguração do CEU das Artes de Tatuí, em maio deste ano, conforme o secretário, 300 famílias já estão sendo atendidas pela nova unidade.

“Essas pessoas já eram atendidas aqui na secretaria social, nós só direcionamos esse grupo para o CEU, pois, agora, com o Cras, a instituição fica mais próxima delas”, finaliza.