Neste sábado, 5, no Clube de Campo, teve fim a 3ª Copa Craque do Futuro, organizada pela Secretaria Municipal de Esportes de Tatuí, em conjunto com a Tatuí Organização Esportiva, a TOI.
O dia marcou as decisões da série ouro das quatro categorias disputadas no torneio, que reuniu 54 equipes de dez cidades da região. Na sub-15, sub-13 e sub-17, times de Tatuí levaram a melhor. Apenas no sub-11 a hegemonia das equipes locais foi desbancada.
O primeiro jogo, entre Bom de Bola, de Tatuí, e o D-RAC, de Itapetininga, decidiria o campeão da categoria sub-15. O Bom de Bola começou melhor e, logo aos 4 minutos, abriu o placar.
A reação do time de Itapetininga veio ainda no primeiro tempo, empatando o jogo aos 20 minutos. Apesar de um segundo tempo muito equilibrado, quando faltavam apenas quatro minutos para o fim do tempo normal, a equipe tatuiana desempatou e ficou com a taça.
O técnico do Bom de Bola e ex-jogador profissional Diego Barros não pôde acompanhar o time na beirada do campo, isso por que havia sido expulso na semifinal. Para ele, a importância do trabalho com os garotos vai além da conquista de títulos.
“Eu acho que o mais importante não é o troféu, o troféu ele cria poeira com o tempo. Na verdade, aqui, nasceu uma amizade, uma cumplicidade que vai ficar pra vida toda. A gente está formando cidadãos, e, como prêmio à dedicação, vem essa conquista”, afirmou.
Mas o D-RAC teria mais uma chance de ficar com a taça, dessa vez na sub-13. O adversário era o XI de Agosto, mais um time local. Em jogo muito disputado e com reclamações sobre a arbitragem, o time de Itapetininga abriu o placar logo aos 8 minutos.
Já no segundo tempo, em cobrança de escanteio, o XI fez um gol, que acabou anulado pela arbitragem, por conta de uma falta no goleiro. Mas, a equipe de Tatuí não desistiu e, aos 12 minutos da segunda etapa, conseguiu o empate. Com o resultado, a decisão foi para as penalidades, vencidas por 5 a 4 pelo XI de Agosto.
O treinador do time vencedor, Luis Carlos Oliveira, conhecido como “Bulldog”, está no XI há sete anos e foi expulso durante o jogo por reclamações contra a arbitragem.
Seguindo a linha do técnico Diego Barros, ele falou sobre a importância que o clube dá à formação de cidadãos e não só de atletas. “Se o aluno não estiver bem na escola, não pode jogar, e isso é muito importante”, comentou. “Nós não trabalhamos para formar jogadores, trabalhamos para formar pessoas”, completou.
Logo depois, pela categoria sub-17, mais uma vez o Bom de Bola foi a campo, dessa vez para enfrentar o Itapeva. Apesar do equilíbrio em alguns momentos do jogo, o time de Tatuí demonstrou superioridade e venceu por 2 a 0.
O título coroou o trabalho do Bom de Bola, que, além de vencer em duas das quatro finais disputadas, ainda ficou com o “troféu transitório”, por ter obtido o melhor desempenho no campeonato somando todas as categorias.
Barros, que dessa vez pôde orientar o time na beira do campo, exaltou o trabalho realizado: “Estou no Bom de Bola desde 2009, há seis anos, desde que o projeto começou, e, felizmente, a gente se mantém ao longo dos anos sempre chegando nas decisões. Isso que é o mais importante”, finalizou.
No jogo válido pela decisão da sub-11, o Pereiras tentava ser o único time não tatuiano a faturar o troféu. O adversário era o Clube de Campo de Tatuí, que até iniciou o jogo melhor, mas, depois de perder inúmeras chances, viu a equipe da cidade vizinha abrir o placar.
O Clube de Campo até chegou a buscar o empate, mas não conseguiu, e, na metade do segundo tempo, o Pereiras desempatou a partida e ficou com a taça.
Paulo Ricci Neto, técnico do Pereiras, apontou o orgulho em treinar o único time que conseguiu desbancar a superioridade das equipes locais nas finais da série ouro.
“É até difícil de falar. É um trabalho difícil, um trabalho doído, dolorido. Você fica de manhã, a tarde, de noite pensando no que fazer. Agradeço a Deus, em primeiro lugar, e a todos da minha equipe”, declarou ele.
A Copa Craque do Futuro teve a abertura oficial no dia 17 de abril, com um “superevento”, que contou até com a participação do ex-goleiro Sérgio, que jogou em times como Palmeiras e Santos.
O secretário de esportes de Tatuí, Miguel Lopes Cardoso Junior, conta que a primeira fase é disputada por 54 times, os quais, depois de uma avaliação de desempenho, são divididos em série ouro e série prata, definidas no dia 28 de novembro.
“A gente costuma falar que é um campeonato pedagogicamente correto, porque o primeiro semestre é só diagnóstico, jogam todos contra todos. Depois do segundo semestre é que vem pra série ouro e série prata. Ou seja, a gente separa os times que não têm condições de jogar, mas eles continuam concorrendo, só que dentro do nível de habilidade deles”, explicou.
O secretário também falou sobre o crescimento da competição desde a primeira edição: “O nível técnico, o número de atletas, a visibilidade, tudo cresceu muito O nível técnico é altíssimo. É uma copa que tem se tornado referência na região”.
Ele ainda comentou sobre o crescimento do esporte como um todo em Tatuí: “Não é fácil você envolver, durante todo um ano, 191 jogos, 1.296 atletas, trazer grandes eventos”.
“Eventos com a chancela da Federação Paulista de Futebol, como a Copa São Paulo de Futebol Júnior, além do Campeonato Paulista de Judô, o Paulista de Ciclismo, a etapa paulista de motocross. Então, assim, a gente abriu as portas da cidade para o esporte”, finalizou.