O setor de TI (Tecnologia da Informação) da Secretaria Municipal de Educação já iniciou a instalação do sistema de monitoramento de segurança nas escolas municipais. As primeiras unidades que estão recebendo os equipamentos são creches e pré-escolas, que atendem crianças de zero a 5 anos.
A prefeitura está investindo R$ 1,5 milhão para monitorar, com câmeras e outros equipamentos, 65 prédios escolares. Serão mais de 800 pontos de monitoramento, cuja central já funciona – em forma de testes – na Guarda Civil Municipal.
Na segunda-feira, 14, o “kit de monitoramento” começou a ser instalado na Emei (Escola Municipal de Ensino Infantil) “Maria Estrela Abreu”, no Jardim Manoel de Abreu. A unidade, que atende 160 crianças da rede de ensino, é a quarta a receber os equipamentos.
Com recursos próprios, ainda em 2018, foram instalados câmeras e circuito de alarme na Emei “Maria de Lourdes Rosa Bueno”, no Parque San Raphael, e na “Winie Sarli Fitts”, no Jardim Rosa Garcia.
Neste ano, já através da aquisição dos equipamentos por licitação pública, a Emei “Vera Fonseca Sinisgalli”, do CDHU “Orlando Lisboa de Almeida”, recebeu os equipamentos. A unidade atende 160 crianças.
O pregão presencial para a aquisição de câmeras, alarmes, sensores e outros equipamentos para o monitoramento foi realizado em novembro de 2018.
Sete empresas participaram do trâmite. O valor estimado dos equipamentos foi calculado em R$ 2.093.190,37, mas, após os lances, fechou-se em R$ 1.508.186,70.
De acordo com a secretária da Educação, Marisa Aparecida Mendes Fiusa Kodaira, o investimento permitirá a ampliação do sistema de monitoramento em todas as creches e escolas do sistema de ensino municipal.
Conforme a prefeitura informou em nota à imprensa, as próximas creches onde serão instalados os equipamentos são as do Jardim Lírio (105 crianças) e Valinho (145 crianças). A seguir, devem ser atendidas as unidades do São Lázaro (pré-escola) e Tanquinho (creche).
Em 2018, 25 unidades escolares foram vítimas de roubos nos finais de semana. Algumas delas, como no Parque São Raphael, foram atacadas quatro vezes.
Merenda, botijão de gás e panelas foram os alvos mais recorrentes. Mas, também, houve casos em que os ladrões levaram massinhas, lápis de cor, guache e trabalhos das crianças.
“Foram levadas coisas de pouco valor, mas as invasões causam prejuízos além do material para as escolas. Houve arrombamentos de portas, vidros quebrados, isso envolve manutenção, consertos e um transtorno muito grande para a administração”, comentou.
Segundo a secretária, o processo de implantação do sistema vem sendo discutido desde o ano passado. Em abril, a prefeitura anunciou que faria licitação para contratação do serviço, contudo, conforme Marisa, o custo seria muito alto.
Desde então, a administração vem buscando uma maneira de adquirir os aparelhos. A gestão passada investia R$ 404 mil por mês com aluguéis desses equipamentos, através de empresa terceirizada.
Conforme a prefeitura, o novo sistema é mais moderno e vantajoso economicamente. Ao longo de 18 meses (entre 2015 e 2016), foram pagos R$ 7,2 milhões a uma empresa particular, que ao encerrar o contrato com o município, fez a retirada de todos os equipamentos.
O assunto gerou polêmica e a administração anterior foi investigada por uma CEI (comissão especial de investigação), instalada na Câmara Municipal.
Os relatórios produzidos pela CEI foram encaminhados, à época, ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo) e ao Ministério Público Estadual.
Em 2017, já na nova gestão, houve licitação pública para a compra dos equipamentos. Foram vencedores sete empresas, com 29 itens de compra (cabos, alarmes, sensores etc.).
O valor total da aquisição é de R$ 1,5 milhão, com as particularidades de que todo o equipamento é HD (“high definition”) – o anterior era analógico – e será parte integrante do patrimônio público municipal.
Além das câmeras, os circuitos de segurança contam com central de alarme completa, sensor de movimento e sensor magnético. O sistema permitirá vigilância 24 horas em uma central de monitoramento dentro da Guarda Civil Municipal.
O setor realizou estudo com o posicionamento estratégico das câmeras, evitando “pontos cegos” e direcionando os aparelhos para as entradas e saídas das unidades.
Júnior Almeida, diretor do setor de TI da Secretaria Municipal de Educação, ressaltou que mais de mil câmeras foram adquiridas, além de oito televisões para a central na GCM. A implantação dos aparelhos eletrônicos deve terminar ainda no primeiro semestre.