Tempo para abertura de empresa em Tatuí é de 30,5 horas, revela estudo

Maioria de registros é solicitada pelos microempreendedores individuais

CAT (Centro de Apoio ao Trabalhador) está localizado na praça Martinho Guedes (Foto: Arquivo O Progresso)
Da reportagem

De acordo com o Mapa de Empresas, uma ferramenta do Ministério da Economia, entre janeiro e julho deste ano, o tempo médio para a abertura de uma empresa em Tatuí é de 30,5 horas.

O estudo colocou a cidade entre as mais rápidas da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) com mais de 100 mil habitantes. Em seguida, aparecem Votorantim, com 34,1 horas; Salto, 38 horas; Itu, 51,1 horas; Sorocaba, 52, 2 horas; e, por fim, Itapetininga, com prazo de 52,6 horas. No Brasil, o tempo médio para a abertura de companhias é de 24,4 horas.

Jumirim foi o município que mais se destacou na RMS, ao realizar o procedimento com tempo médio de 4,8 horas. No entanto, a demanda na cidade também é mais baixa se comparada a outros municípios com mais habitantes. Em 2023, quatro empresas foram abertas em Jumirim. Ao todo, a cidade soma 300 companhias ativas.

Para contabilizar o tempo médio de abertura de uma empresa, o Ministério da Economia leva em consideração o prazo de análise de viabilidade, avaliação dos requisitos legais e econômicos estabelecidos pelo governo e o tempo médio de registro.

Em último lugar na região em relação ao prazo, desconsiderando o número de habitantes, aparece Tietê, com tempo médio de 132 horas para a abertura de companhias.

Os dados também revelam que, no acumulado entre janeiro e julho deste ano, Tatuí abriu 1.626 empresas, sendo 1.541 “micros” 38 “pequenas” e 39 “outras”.

Desse total, 1.402 são de empreendedores individuais, que englobam o MEI (microempreendedor individual); 216, sociedade limitada; 6, sociedade anônima; e 2, cooperativa.

Comparado com o mesmo período do ano anterior, o município teve recuo de 36,58% no número de registros de empresas abertas, quando sinalizava a abertura de 2.564 empresas. Desse total, 82,71% eram de origem MEI.

Os dados também sinalizam aumento de 3,02% no número de empresas fechadas entre 2022 e 2023. Nos sete primeiros meses do ano passado, a cidade registrava 926 estabelecimentos fechados, ante 954 no mesmo período deste ano. Assim como as abertas, a maioria das baixas é oriunda de empresários individuais.

No ano anterior, 836 empresas foram fechadas por solicitação de MEIs. Em 2023, esse número é de 861 estabelecimentos (2,99%).

O secretário municipal da Fazenda, Finanças, Planejamento e Trabalho, Wagner Rodrigues, destacou a parceria da administração municipal com os governos federal e estadual, além do Sebrae, no incentivo ao empreendedorismo local, sobretudo no impulsionamento das micros e pequenas empresas.

“O incentivo inclui orientações sobre como iniciar um negócio, acesso a recursos financeiros e assistência na elaboração de planos de negócios. E temos a convicção de que o estímulo ao empreendedorismo pode criar novas oportunidades econômicas na cidade”, argumentou.

O estímulo, reforça o secretário, também se estende à vida útil das empresas, considerando os altos registros de baixas apontados pelo Mapa de Empresas

“Por meio do Banco do Povo, temos oferecido o acesso a recursos financeiros para a obtenção de financiamento e recursos para empreendedores, seja por meio de parcerias com instituições financeiras ou fornecendo informações sobre programas de incentivo financeiro disponíveis”, informou.

Ele apontou o Centro de Apoio ao Trabalhador (CAT) como “facilitador para conectar empreendedores a outras empresas, instituições de ensino, órgãos governamentais e organizações relevantes”.

“Essas conexões têm resultado em parcerias estratégicas e oportunidades de negócios”, concluiu o secretário.

No Brasil, segundo os dados do órgão de federal, foi registrada, no acumulado entre janeiro e julho deste ano, a abertura de 2.351,279 empresas, ante 1.286,596 fechadas. No ano passado, o país registrava 2.748,125 registros abertos e 1.163,534 baixas.

Em comparativo entre empresas abertas e fechadas nos dois períodos (2022 e 2023), o país registra um recuo de 14,44% em aberturas. Por outro lado, os registros de baixas aumentaram em 10,58%.

Os microempreendedores individuais também foram os maiores responsáveis pelo número de aberturas e encerramentos de empresas no Brasil.