Tempo de Serenatas

Raymundo Farias de Oliveira

A lua cheia vagava distraída

no límpido céu cravado de estrelas.

Aninhados no colo da esperança

jovens coloriam a quietude

das madrugadas com suas vozes

carregadas de emoção e sonhos.

Derramavam versos de amor sem fim

acordavam belas adormecidas

nos braços das primeiras paixões

amorosas…

Violões cochichavam acordes

no acompanhamento da valsa antiga

que se perdeu nas esquinas do passado…

Os pardais desatavam sua cantoria,

o dia amanhecia devagarinho

porque era domingo

e a vida continuava bela e ingênua

no mundo de minha aldeia…