O tatuiano Rafael Lanaro juntou-se à equipe de jovens pesquisadores da Associação Internacional de Toxicologistas Forenses. Farmacêutico e toxicologista do CCI (Centro de Controle de Intoxicações) da FCM (Faculdade de Ciências Médicas) da Unicamp (Universidade de Campinas), ele tornou-se o primeiro representante da América Latina a integrar essa instituição.
Lanaro recebeu o convite durante o 52o Encontro Anual de Toxicologistas Forenses. O evento aconteceu em Buenos Aires, Argentina, e rendeu ao tatuiano prêmio de “melhor trabalho oral” pela apresentação do caso do Hospital Vera Cruz.
O especialista em toxicologia analítica também recebeu menção honrosa no final de novembro, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, em função do caso. A menção foi concedida pelo governador do Estado Geraldo Alckmin, em cerimônia, para a PC (Polícia Científica) da cidade de Campinas.
Segundo a Unicamp, o caso Vera Cruz ficou conhecido no Brasil por causa da morte de três pessoas. Os óbitos ocorreram no dia 28 de janeiro, após a realização de exames de ressonância magnética com uso do contraste no hospital.
Laudos da Unicamp e do IC (Instituto de Criminalística) constataram o uso de perfluorocarbono na veia dos pacientes. Conforme verificado pelos peritos, isso provocou “embolia gasosa e parada cardiorrespiratória” nos pacientes.
Para descobrir a causa das mortes, integrantes da Unicamp realizaram programa de investigação policial. Lanaro juntou toda a técnica e perspicácia da equipe do CCI e contou com a cooperação de outros centros de investigação forense do Estado de São Paulo, laboratórios do Instituto de Química da Unicamp e de outras universidades brasileiras para chegar aos resultados.
O tatuiano também é professor do curso de farmácia da Universidade de Campinas.