O trânsito em Tatuí tem causado menos mortes por acidentes nos últimos meses. Relatório divulgado pelo Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito), referente ao mês de julho, aponta que não houve nenhum caso de morte no sétimo mês do ano.
O índice é o melhor desde 2015 para o mês – que coincide com o período de férias estudantis. No ano passado, um menino de nove anos morreu atropelado por um caminhão na rua Teófilo Andrade Gama.
Já em 2017, houve oito óbitos – seis do sexo masculino e duas mulheres -, sendo quatro passageiros, três condutores de automóvel e um pedestre. Ainda no mesmo mês, foram contabilizadas duas mortes em 2016 e uma em 2015.
Na comparação entre os primeiros sete meses de 2019 e 2018, houve queda de 33,3%. No ano passado, houve 13 mortes; em 2019, o número caiu para 12 entre janeiro e julho. Nos sete meses, as mortes contabilizam vítimas em ocorrências no perímetro urbano e nas rodovias, dentro do limite territorial.
A vítima mais jovem tinha 19 anos e era passageira de um automóvel. O acidente ocorreu em março. Já o mais velho morreu com 74 anos, no mês de abril. O homem, que era pedestre, foi atropelado por um automóvel enquanto caminhava por uma calçada no Jardim Santa Rita de Cássia. A vítima teve ferimentos graves e faleceu no local.
Conforme as estatísticas do sistema de informações, nos dois anos, morreram mais homens que mulheres vítimas do trânsito. Dos óbitos em 2018, de janeiro a julho, apenas um envolveu uma mulher. Ela tinha 48 anos e foi atropelada por ônibus no largo do Mercado Municipal “Nilzo Vanni”, na área central.
Em 2019, os homens também foram mais vitimados. Conforme o estudo, 11 pessoas do sexo masculino faleceram em decorrência de acidentes envolvendo veículos leves, motocicletas, ônibus, caminhões e atropelamentos.
O único óbito feminino registrado neste ano foi de uma vítima de atropelamento. Uma pedestre (que não teve a idade identificada) morreu em junho, na rua Teófilo Andrade Gama, em acidente envolvendo uma moto.
As vítimas pertenciam a seis faixas etárias, com predominância de óbitos nas pessoas com idades entre 18 e 39 anos. Nos sete meses de 2019, o Infosiga registrou sete mortes nessa faixa etária.
Os demais acidentes deste ano vitimaram pessoas com idades entre 40 e 44 (uma), 50 e 54 (uma), 70 e 74 (uma) e a pedestre que não teve a idade identificada.
De acordo com o Infosiga, quatro das 12 pessoas que perderam a vida nos primeiros sete meses do ano envolveram-se em acidentes com motocicleta (66,6%). As ocorrências com pedestres vitimaram três pessoas.
Já os acidentes com automóvel vitimaram duas pessoas. Ainda, houve uma morte por acidente envolvendo um caminhão e outras duas com veículos não informados pela estimativa do órgão.
No mesmo período de 2018, os acidentes com motocicletas representaram 38,4% das mortes no trânsito, com cinco vítimas fatais. Outras cinco perderam a vida a pé, uma em acidente com caminhão, uma com automóvel e uma com bicicleta.
Os dados do Infosiga são atualizados mensalmente pela Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Corpo de Bombeiros. As corporações encaminham dados do SioPM (Sistema de Informações Operacionais da PM), que soma os acionamentos de viaturas para atendimentos.
A O Progresso, o secretário da Segurança Pública e Mobilidade Urbana, José Roberto Xavier da Silva, ressaltou que a queda nos índices se deve às campanhas educativas e às mudanças realizadas no trânsito por meio do Departamento de Mobilidade Urbana durante todo o ano.
“Temos realizado diversas campanhas no município. Além disso, as ações para melhoria do trânsito e atividades educativas, divulgadas por meio de jornais, como O Progresso, e canais de televisão, reforçam a importância da conscientização dos condutores e contribuem para a redução das mortes”, destacou o secretário.
O diretor do DMU, Yustrich Azevedo Silva, ressalta que o setor trabalha diariamente com uma programação que envolve atividades educativas e também fiscalizadoras – para ele, “um dos pilares na busca por redução de acidentes e mortes no trânsito”.
“Temos que lembrar, todos os dias, que os dispositivos de segurança exigidos pela lei são para a proteção do condutor e dos passageiros. Agora, em setembro, que é o mês do trânsito, nós também estaremos reforçando essas ações com novas campanhas educativas”, concluiu o diretor.
As ações pela Semana Nacional de Trânsito têm programação de 19 a 25 de setembro, com ênfase em campanhas educativas de prevenção para pedestres e condutores. Além de palestras sobre educação no trânsito, são realizados pedágios educativos com conteúdo voltado aos motociclistas, orientações e informações quanto aos perigos do uso do cerol, entre outras atividades (reportagem nesta edição).
No estado
As fatalidades envolvendo motociclistas e pedestres tiveram redução no estado de São Paulo em julho. Durante o mês, foram registrados 479 óbitos causados por acidentes de trânsito – redução de 3,6% na comparação com o mesmo período de 2018. Nos primeiros sete meses, a redução é de 2,2% (3.072 ocorrências contra 3.142 no ano anterior).
Em julho, 138 motociclistas foram vitimados por acidentes em todo o estado, contra 166 no período anterior. As ocorrências permanecem concentradas em vias urbanas (54%), e mais da metade dos casos (51%) envolvem colisões contra outros veículos.
O perfil da vítima motociclista é jovem, com idade entre 18 e 29 anos (44%), homem (83%) e condutor do veículo (85%). Os períodos da noite e madrugada (51%) e finais de semana (52%) concentram os acidentes fatais no mês.
Já os índices envolvendo pedestres tiveram queda de 3,8% em julho: 128 casos contra 133 no ano passado. Entre os meses de janeiro e julho, são 803 ocorrências contra 879 no mesmo período de 2018, redução de 8,7%. Idosos com mais de 60 anos seguem como as principais vítimas e correspondem a 40% dos casos no mês.
O Infosiga SP mostra, ainda, que o número de vítimas ocupantes de automóveis subiu 10,2% em julho, com 140 vítimas fatais contra 127 no ano passado. Já casos envolvendo ciclistas aumentaram 14,7%, com 39 ocorrências contra 34 no mesmo período de 2018.
Dados regionais
As fatalidades caíram em nove das 16 regiões administrativas do estado. Os índices reduziram na região metropolitana de São Paulo (menos 13%), Araçatuba (menos 60%), Barretos (menos 14%), Bauru (menos 35%), Registro (menos 38%), Ribeirão Preto (menos 26%), Santos (menos10%), São José dos Campos (menos 42%) e São José do Rio Preto (menos 28%).
Os aumentos foram registrados nas regiões de Campinas (mais 29%), central (mais 6%), Franca (mais 33%), Itapeva (mais 133%), Marília (mais 8%) e Sorocaba (mais 96%). Em Presidente Prudente, os índices permaneceram estáveis.