Da reportagem
Entre os dias 1º e 31 de janeiro (dois anos após o início da vacinação contra o novo coronavírus), Tatuí registrou redução de 88,88% no número de declarações de mortes por Covid-19 em comparação ao mesmo período de 2022.
Conforme levantamento do Portal da Transparência do Registro Civil, administrado pela Arpen-Brasil (Associação Nacional dos registrados de Pessoas Naturais), no mês passado, duas pessoas perderam a vida em decorrência da doença, enquanto, em janeiro de 2022, ocorreram 18 óbitos.
As primeiras doses das vacinas contra a doença chegaram em Tatuí no dia 20 de janeiro de 2021, iniciando a campanha de imunização. Naquele mês, ainda segundo o levantamento, o município declarou 27 mortes pela doença.
A assessoria de comunicação do portal explica que, quando na declaração de óbito há menção de Covid-19, coronavírus ou novo coronavírus, considera-se como causa a Covid-19 (suspeita ou confirmada).
O Portal da Transparência é atualizado diariamente por todos os cartórios do país. As estatísticas se baseiam nas declarações (documentos preenchidos pelos médicos que constatam os falecimentos) que dão origem às certidões de óbitos, registradas nos cartórios para a liberação dos sepultamentos.
O número total de óbitos, incluindo outras doenças além da Covid-19, também foi menor no primeiro mês deste ano, em comparação com o registrado em janeiro de 2022. No geral, a queda foi de 37,6%, passando de 117 para 73 no período.
Entre as causas respiratórias, a maior redução ocorreu nos casos de insuficiência respiratória. Até às 16h de quarta-feira, 6, o registro apontava que, no mês de janeiro, uma pessoa havia perdido a vida para a doença, o que representa queda de 83,33% em comparação a janeiro de 2022, quando seis morreram pela mesma causa.
Os casos de septicemia caíram 35,71% no primeiro mês, passando de 14 declarações, em janeiro de 2022, para nove óbitos, no primeiro mês de 2023. Já os casos de pneumonia apresentaram redução de 23,07%, saindo das 13 mortes registradas em janeiro de 2022 para dez em 2023.
A cidade ainda registrou uma morte por SRAG (síndrome respiratória aguda grave) em janeiro de 2022, enquanto, no mês passado, não ocorreram mortes pela doença. No período, o município não teve declaração de óbito por causa indeterminada (ligada a doença respiratória, mas não conclusiva).
O levantamento do órgão ainda apontava redução nos óbitos por causas cardiovasculares. O número de infartos teve queda de 85,71% no primeiro mês. Em janeiro do ano passado, sete pessoas foram vítimas da doença; neste ano, o número caiu para um.
Já as mortes por questões vasculares inespecíficas baixaram de seis para cinco no mesmo comparativo – o que corresponde a 16,66%. Outros 39 óbitos deste ano estão relacionados a outros tipos de doenças.
O índice de mortes por AVC (acidente vascular cerebral) foi o único com crescimento no período. Em janeiro de 2022, o órgão apontava quatro óbitos pela doença; já no primeiro mês deste ano, foram seis.
A base de dados do portal da transparência é abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos (naturais e violentos) registrados nos Cartórios de Registro Civil do país. Os números ainda podem ser alterados, uma vez que o portal tem prazo legal de até 14 dias para lançar os óbitos.
A família tem até 24 horas após o falecimento para registrar o óbito em cartório, o qual, por sua vez, tem até cinco dias para formalizar o falecimento e, depois, até oito para enviar o ato à Central Nacional de Informações do Registro Civil, que atualiza a plataforma.