Tatuí registra aumento de 8,6% nos casos de mortes naturais em janeiro

Índice de óbitos por septicemia cresce 180% em relação ao 1º mês de 2021

Da reportagem

Entre os dias 1º e 31 de janeiro, Tatuí registrou crescimento de 8,6% no número de declarações de mortes por causas naturais em comparação ao mesmo período do ano passado.

Conforme levantamento do Portal da Transparência do Registro Civil, administrado pela Arpen-Brasil (Associação Nacional dos registrados de Pessoas Naturais), 101 óbitos foram declarados em janeiro de 2022, oito a mais que os 93 do primeiro mês de 2021.

O Portal da Transparência é atualizado diariamente por todos os cartórios do país. As estatísticas se baseiam nas declarações (documentos preenchidos pelos médicos que constatam os falecimentos) que dão origem às certidões de óbitos, registradas nos cartórios para a liberação dos sepultamentos.

O pior aumento ocorreu nos casos de septicemia e doenças respiratórias. Até às 11h desta terça-feira, 1º, o registro apontava que, no mês de janeiro, 14 pessoas haviam perdido a vida por choque séptico, o que representa aumento de 180% em comparação a janeiro de 2021, quando cinco pessoas morreram pela doença.

Os casos de pneumonia subiram 37,5% no primeiro mês, passando de oito declarações em janeiro de 2021 para 11 óbitos em 2022. A cidade ainda registrou uma morte por SRAG (síndrome respiratória aguda grave) em janeiro deste ano, enquanto, no ano passado, não ocorreram mortes pela doença.

Em contrapartida, a tabela de mortes por causas naturais aponta redução nas declarações de óbito por insuficiência respiratória, passando de seis casos, em janeiro de 2021, para cinco, no primeiro mês deste ano.

O número de mortes por Covid-19 também foi menor que no ano passado. Em janeiro de 2021, 27 pessoas perderam a vida em decorrência da doença; neste ano, até ontem, o cartório de Tatuí havia registrado 13 mortes.

A assessoria de comunicação do portal explica que, quando na declaração de óbito há menção de Covid-19, coronavírus ou novo coronavírus, considera-se como causa a Covid-19 (suspeita ou confirmada).

Em janeiro deste ano, o município não teve declaração de óbito por causa indeterminada (ligada a doença respiratória, mas não conclusiva), enquanto, em 2021, houve um caso.

O levantamento do órgão ainda apontava redução nos óbitos por causas cardiovasculares. As mortes por AVC (acidente vascular cerebral) caíram pela metade no período, passando de oito, em janeiro de 2021, para quatro, no primeiro mês deste ano.

O número de infartos teve queda de 30% no primeiro mês. Em janeiro do ano passado, dez pessoas foram vítimas da doença; neste ano, o número caiu para sete.

Já as mortes por questões vasculares inespecíficas baixaram de sete para seis no mesmo comparativo. Outros 40 óbitos deste ano estão relacionados a outros tipos de doenças.

A base de dados do portal da transparência é abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos (naturais e violentos) registrados nos Cartórios de Registro Civil do país. Os números ainda podem ser alterados, uma vez que o portal tem prazo legal de até 14 dias para lançar os óbitos.

A família tem até 24 horas após o falecimento para registrar o óbito em cartório, o qual, por sua vez, tem até cinco dias para formalizar o falecimento e, depois, até oito para enviar o ato à Central Nacional de Informações do Registro Civil, que atualiza a plataforma.