A partir das 8h deste sábado, 19, a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realiza o “Dia D” da campanha nacional de vacinação contra sarampo.
O objetivo é imunizar as crianças de seis meses a menores de cinco anos que ainda não foram vacinadas ou que estão em atraso com alguma dose contra o sarampo.
Em todas as unidades de saúde urbanas, a imunização acontece das 8h às 14h; nas unidades rurais dos bairros Mirandas e Congonhal, das 8h às 13h.
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, enfermeira Rosana Oliveira, ressalta que o Dia D é uma oportunidade que os pais têm de verificar o cartão de vacinas dos filhos e reforçar a proteção para aqueles que se encaixam na dose zero.
Ela lembra que a campanha é nacional e, neste ano, busca sensibilizar sobre a importância da imunização e rastrear os cartões de vacinas de todas as crianças abaixo dos cinco anos.
“É de extrema responsabilidade dos pais estar levando o filho e a carteira de vacina para ser avaliada. Somente assim saberemos quem ainda não recebeu as doses necessárias do calendário vacinal e garantir que as crianças se protejam da doença”, salientou a enfermeira.
Ao todo, 85 profissionais estarão distribuídos em 17 equipes, atendendo nas unidades urbanas, rurais e na Vigilância Epidemiológica. A estimativa da Secretaria de Saúde é que há 8.302 crianças com idade entre seis meses a menores de cinco anos na cidade.
“Os pais devem levar a carteira de vacinação das crianças, e as equipes avaliarão caso a caso a necessidade de vacina. Crianças menores de seis meses não devem ser vacinadas. O mesmo vale para quem teve reações alérgicas a doses anteriores da vacina”, explicou Rosana.
Ela destaca que este tipo de imunização não é recomendado para mulheres grávidas, devido ao risco de danos ao feto. Já mulheres que desejam ter filhos devem evitar a gravidez por 30 dias após a vacina.
Rosana aponta que pessoas com imunodeficiências congênitas ou adquiridas também não devem se vacinar. Já pessoas em uso de corticosteroides em doses imunossupressoras devem ser vacinadas com intervalo de pelo menos um mês após a suspensão da droga.
Além disso, ela lembra que pessoas em uso de quimioterapia antineoplásica só devem ser vacinadas três meses após a suspensão do tratamento. E transplantados de medula óssea devem se vacinar com intervalo de 12 a 24 meses após o transplante para a primeira dose.
“A campanha já está acontecendo desde o dia 7 deste mês, o diferencial é que, no Dia D, as unidades trabalham para acolher os pais que não conseguem comparecer nas unidades durante os dias da semana”, salientou a coordenadora.
Segundo ela, a campanha nacional deste ano acontecerá em duas etapas. A primeira segue até o dia 25 de outubro, com foco na vacinação das crianças de seis meses a menores de cinco anos.
A vacina está disponível em todas as unidades de saúde urbanas e na Casa do Adolescente, de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 16h. No bairro dos Mirandas, na área rural, o atendimento é de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 13h.
Já a segunda etapa acontecerá de 18 a 30 de novembro, focada em adultos de 20 a 29 anos que ainda não foram vacinados.
Conforme o MS, vacinar contra o sarampo é importante para evitar complicações como cegueira e infecções generalizadas, que podem levar a óbito. Nos últimos 90 dias, o Brasil registrou 5.404 casos confirmados de sarampo.
Desses, 97% (5.228) estão concentrados em 173 municípios do estado de São Paulo, principalmente na região metropolitana. Os outros 176 casos foram registrados em 18 estados. Os dados estão no último boletim epidemiológico divulgado pelo MS no dia 4.
Ainda conforme o relatório, seis óbitos por sarampo foram confirmados no Brasil, sendo cinco em São Paulo e um em Pernambuco. Quatro óbitos ocorreram em menores de um ano de idade e dois em adultos, com 31 e 42 anos.
Doença em Tatuí
Conforme informativo divulgado pela Vigilância Epidemiológica no dia 4, o município contabilizou dez casos de infecção por sarampo neste ano. Entre os pacientes, estão seis meninas e quatro meninos, entre três meses e dez anos de idade, que haviam tomado apenas uma dose da vacina.
Os exames que confirmaram as infecções foram realizados pelo IAL (Instituto “Adolfo Lutz”). A metade dos diagnósticos confirmados (cinco) concentra-se no Jardim Santa Rita da Cássia.
Os outros 50% foram registrados no Residencial Astória, vila Angélica, vila Brasil, Jardim Donato Flores e vila Santa Adélia, com uma infecção detectada em cada bairro.
Ainda segundo relatório da VE, nos últimos quatro meses (julho, agosto, setembro e outubro), 52 casos de suspeita de sarampo foram notificados pela VE. Todos os pacientes passaram por exame e, desses, 10 deram positivos, 15, negativos e outros 27 aguardam resultado.
De acordo Rosana, todos os pacientes receberam acompanhamento médico e já não apresentam nenhum sintoma da doença. Ela ainda ressalta que, em todos os casos, foram adotadas as medidas preconizadas pelo Ministério da Saúde.