Tatuí não elege deputados nas eleições

Mais votados, Guiga Peixoto teve 54.849 votos; Alessandra Gonzaga, 45.002

Da reportagem

Nenhum dos candidatos a deputados estadual e federal de Tatuí conseguiu se eleger nas eleições deste ano, realizadas no domingo, 2. O candidato da cidade mais votado foi o atual deputado federal José Guilherme Negrão Peixoto (Guiga Peixoto), do PSC (Partido Social Cristão), que obteve 54.849 votos, equivalentes a 0,23% dos válidos no estado de São Paulo.

No pleito de 2018, Guiga se elegeu com 31.718 votos. Já em 2022, ele obteve aumento de 72,93% no número de votos em relação à eleição anterior, no entanto, insuficientes para reelegê-lo a um segundo mandato.

Por sua vez, na disputa por uma vaga na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), a empresária Alessandra Vieira de Camargo Teles (Alessandra Gonzaga), do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), obteve 45.002 votos.

O total correspondente a 0,19% dos válidos no estado, tornando-a a candidata mais votada de Tatuí para o cargo de deputada estadual. Porém, a votação também foi insuficiente para elegê-la.

Concorreram também para o cargo de deputado federal: o vereador Eduardo Dade Sallum, do PT (Partido dos Trabalhadores), que obteve 10.885 votos (0,05% dos válidos); Valdeci Proença (Podemos), que teve 4.270 votos (0,02% dos válidos); o servidor público municipal Rogério de Jesus Paes (Rogério Milagre), do Avante, que somou 375 (0,00% dos válidos); e o advogado Wilson Keiti, do PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro), que obteve 203 votos (0,01% dos válidos).

Para deputado estadual, o município contou também com outros dois candidatos: Luís Donizetti Vaz Júnior (Júnior Vaz), do PSC, que recebeu 20.284 votos (0,09% dos válidos); e o coronel Wagner Rodrigues (PP), o qual obteve a preferência de 4.241 eleitores (3,78% do total de válidos).

“Nossa campanha foi pautada em valores, princípios e com a participação de muitas pessoas, que nos apoiaram durante ela”, comentou Peixoto. O deputado ainda afirmou que deixa o nome “à disposição de Tatuí para o futuro”.

“Tenho compromisso com o povo. Agora, estou focando na campanha do segundo turno do candidato Tarcísio de Freitas ao governo de São Paulo”, declarou.

Segundo Peixoto, para conseguir a reeleição, era necessário obter, aproximadamente, mais 4.000 votos. Agora, ele é o primeiro suplente paulista do PSC.

Para Eduardo Sallum, que participou pela primeira vez de uma disputa a deputado federal, a experiência fez com que o nome dele ficasse mais conhecido na sociedade.

“Com isso, pude apresentar os projetos que defendo aos eleitores. Fico feliz com a votação que tive, ainda mais dadas as limitações financeiras”, acentuou o atual vereador.

Para Wilson Keiti, participar do pleito foi “uma forma de exercer a cidadania”. “Eu tinha plena noção de que não venceria, mas me candidatei, pois não concordo com a questão do fundo eleitoral. Foi uma forma de protesto contra isso”, ressaltou.

Alessandra destacou que, mesmo não ganhando, o número de votos que obteve faz com que ela “continue dialogando com a sociedade”. “Recebi votos em mais de 80 cidades. Foi eleição difícil, polarizada e, mesmo assim, nos credencia a continuarmos o nosso trabalho em Tatuí e região”, frisou a empresária.

Júnior Vaz comentou que Tatuí precisava ter um deputado estadual na Alesp. “É uma região importante do estado de São Paulo. Nosso trabalho foi muito dedicado ao município. Tratei com muita honra cada eleitor que veio conversar comigo. Fui muito incentivado, e trabalharemos para o futuro”, garantiu.

Os candidatos Valdeci Proença, coronel Wagner e Rogério Milagre foram contatados, porém, até o fechamento desta edição (terça-feira, às 17h), não haviam se manifestado.