Tatuí é uma das 633 cidades brasileiras que apresentam índice “satisfatório” para a dengue. Os dados são do LIRAa (Levantamento Rápido de Índice para Aedes Aegypti), apresentados na semana passada pelo Ministério da Saúde.
Também conhecido como “mapa da dengue”, o estudo realizado em conjunto com Estados e municípios aponta 157 cidades brasileiras em situação de risco; outras 525 estão em alerta. A atualização foi feita com base em dados apurados entre 1º outubro e 8 de novembro deste ano em 1.315 cidades.
O trabalho tem como objetivo identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor da doença e demonstrou que Tatuí apresenta IIP (índice de infestação predial) de 1%, acima dos 0,4% de fevereiro deste ano.
Ainda assim, o percentual está abaixo dos registrados por cidades com alerta. Entretanto, o índice está próximo de ser considerado preocupante, uma vez que a situação de alerta é verificada em municípios que têm de 1% a 3,9% de IIP. Os municípios em situação de riscos têm índice acima de 4%.
Para intensificar as ações de vigilância, prevenção e controle da dengue, o Ministério da Saúde anunciou que “está dobrando o volume de recursos adicionais que serão repassados a todos os Estados e municípios brasileiros”.
A pasta federal informou que o ministro Alexandre Padilha assinou portaria autorizando o repasse de R$ 364,4 milhões. Os recursos são para incrementar os investimentos realizados nas ações de vigilância em saúde, que somam R$ 1,2 bilhão, sem o montante adicional.
Este adicional significa acréscimo de 110% em relação ao que foi transferido em 2012 e contempla todos os municípios do país. No ano passado, foram transferidos R$ 173,3 milhões.
Em contrapartida, as administrações das cidades precisam cumprir metas como assegurar a quantidade adequada de agentes de controle de endemias, garantir a cobertura das visitas domiciliares pelos agentes e realizar o LIRAa.
Além de ajudar os gestores a identificar os bairros em que há mais focos de reprodução do mosquito, o LIRAa também aponta o perfil destes criadouros. Segundo o levantamento do ministério, 37,5% dos focos estão em formas de armazenamento de água, 36,4% em espaços em que o lixo não está sendo manejado adequadamente e 27,9% em depósitos domiciliares.
Esse panorama varia entre as regiões. Enquanto no Sudeste, 47,9% dos focos estão dentro das residências, no Nordeste e no Norte, o armazenamento de água é a principal fonte de preocupação, com índices de 75,9% e 37,5%, respectivamente.
Já as regiões Sul e Centro-Oeste do país têm no armazenamento de lixo o principal desafio. Elas apresentam taxas de 81,2% e 49,7%, respectivamente.