Da reportagem
As contratações do mercado de trabalho formal em Tatuí fecharam o sétimo mês consecutivo com saldo positivo. Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apontam a geração de 189 novos postos em julho de 2021.
O órgão da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, divulgou o resultado do sétimo mês na tarde de quinta-feira da semana passada, 26 de agosto. Os números referentes a agosto devem ser divulgados em 26 de setembro.
Conforme o cadastro, o município somou 850 admissões e 661 demissões em julho. O resultado é o melhor para o mês desde 2008, quando o município somou 287 novas vagas formais de trabalho.
No sétimo mês, quatro dos cinco setores analisados pelo Caged criaram vagas de emprego. Segundo o levantamento, a estatística de julho é liderada pela indústria, com a abertura de 89 novos postos. O saldo é resultado de 235 contratados para 146 desligados da atividade econômica.
O setor industrial é o segundo maior empregador do município, com o estoque de 8.358 funcionários formalizados (30,12% do total). Até o sétimo mês, o Caged apontava 27.471 trabalhadores com carteira assinada – o número representa variação de 1,08% em relação ao mês anterior.
O saldo da atividade econômica foi alavancado pela indústria de transformação, responsável pela geração de 90 novos postos, resultado da contratação de 225 funcionários e 135 demitidos no período.
Outro subsetor com saldo positivo é o da indústria de água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação, responsável por oito contratações e nenhum desligamento.
Já a indústria de extrativas perdeu nove vagas no sétimo mês, com duas admissões e 11 demissões. Na indústria de eletricidade e gás, não houve contratações nem demissões.
A segunda maior contratadora no sétimo mês do ano foi o setor de serviços. A atividade econômica gerou 71 novos postos, advindos de 292 admissões para 221 demissões – saldo 0,76% maior em relação ao mês anterior.
A atividade é a maior empregadora da cidade e concentrou 34% do estoque de empregos de julho, com 9.434 trabalhadores formalizados. Na análise entre os subsetores, o relatório mostra cinco dos seis tipos de serviços com saldo positivo.
O melhor resultado é o do setor de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, responsável pela abertura de 43 vagas, advindas de 112 contratações e 69 desligamentos.
Em seguida, aparecem os serviços de alojamento e alimentação, com mais dez postos (43 admissões para 33 demissões); outros serviços, com a abertura de nove vagas (19 para 10); transporte, armazenagem e correio, com seis (76 para 70); e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com quatro vagas (42 para 38).
O único subsetor a encerrar julho no vermelho é o de serviços domésticos, com nenhuma contratação para uma demissão.
O comércio aparece na terceira colocação dos setores que mais geraram emprego em julho, com a abertura de 19 novos postos. O saldo é resultado de 269 contratados para 250 demitidos.
O setor comercial é o terceiro maior empregador do município, com o estoque de 7.580 funcionários formalizados (27,32% do total). O número representa variação de 0,25% na comparação com junho.
Entre os subsetores do comércio, o melhor resultado é o do setor varejista, responsável pela abertura de 26 vagas. O resultado é advindo de 209 contratações para 183 demissões.
Em seguida, vem o setor de recuperação de veículos automotores e motocicletas, com saldo negativo, apresentando quatro novos postos de trabalho– resultado de 29 admissões para 25 desligamentos.
O comércio por atacado (veículos automotores e motocicletas) aparece com saldo negativo no período, com a perda de 11 vagas – resultado de 31 contratações para 42 demissões.
O quarto setor com saldo positivo no mercado de trabalho é a agropecuária. O grupo, que abrange agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, gerou 12 vagas, com 21 admissões para nove desligamentos – variação de 0,79% na comparação com o saldo de junho.
A atividade econômica é a quarta maior contratadora do município, e, segundo o cadastro, concentrou 5,51% do estoque de empregos contabilizados até o sétimo mês do ano, com 1.530 funcionários.
Completa a lista das atividades analisadas o setor da construção civil. A atividade econômica terminou julho no vermelho, com duas vagas fechadas – resultado de 33 contratações e 35 desligamentos.
O setor concentra 2,95% da mão de obra no município, com 821 trabalhadores formalizados nas áreas de obras de infraestrutura, construção de edifícios e serviços especializados para a construção.
Na análise do saldo dos subsetores, o melhor resultado é do setor de construção de edifícios, com saldo positivo de nove vagas, advindas de 26 contratações e 17 desligamentos. Outros dois subsetores aparecem com saldo negativo: serviços especializados da construção (menos sete) e obras de infraestrutura (menos quatro).
Acumulado
As contratações de julho contribuíram para manter saldo positivo na soma dos primeiros sete meses do ano. Entre janeiro e julho, Tatuí gerou 1.006 novas vagas de emprego – advindas de 6.101 contratações para 5.095 demissões.
Na soma dos sete meses de 2021, os cinco setores analisados pelo Caged geraram novos postos de empregos. A estatística é liderada pela indústria, com saldo de 467 novas vagas (1.814 admissões e 1.347 desligamentos).
O segundo setor com maior saldo na geração de emprego nos sete meses é o de serviços. A atividade econômica abriu 222 novos postos, advindos de 1.898 contratações para 1.676 desligamentos.
Em terceiro lugar, vem o setor de comércio, com saldo positivo de 172 novos postos durante os primeiros sete meses. O resultado vem de 1.962 admissões para 1.790 demissões.
Em seguida, aparece o setor da agropecuária. A atividade econômica foi responsável pela geração de 86 novas vagas nos sete meses, advindas de 138 admissões e 52 desligamentos.
Por último na lista dos setores que mais empregaram neste ano, aparece a construção civil, com a geração de 59 novas vagas nos primeiros sete meses do ano, advindas de 289 admissões e 230 desligamentos.
Região
Na região, o destaque também foi para o setor industrial. Conforme o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), a Regional Sorocaba registrou a abertura de 890 postos de trabalho, com variação positiva de 0,79% em relação a junho.
No ano, a indústria regional criou 6.737 postos de trabalho, ficando em terceiro lugar no estado, atrás de Campinas (7.252) e da capital paulista (8.768).
Na indústria de transformação, a Regional Sorocaba também está entre as primeiras em estoque de emprego, ficando em quarto lugar, com 113.934 vagas.
A capital paulista é a que registra maior número de vagas no estado (319.362), seguida das cidades de Campinas (165.268) e Jundiaí (125.829).
O saldo líquido de vagas no estado, em julho, foi de 104.899, uma variação de mais 0,82% em relação a junho. No ano, o registro é de 594.613 vagas criadas e variação acumulada de mais 4,86%.
A área de atuação da Regional Sorocaba envolve 48 municípios e está dividida em cinco sub-regionais: Apiaí, Itapetininga, Itapeva, Piedade e Tatuí.
Saldo nacional
O saldo de Tatuí segue tendência nacional. Conforme o balanço do órgão do Ministério da Economia, o Brasil fechou os primeiros sete meses de 2021 com saldo positivo de 1.848.304 empregos formais.
O saldo nacional é resultado de 11.255.025 admissões e 9.406.721 desligamentos. Com isso, o estoque de empregos formais no país chegou a 41.211.272, o que representa variação de 4,70% em relação ao estoque contabilizado até junho.
Os números mostram que, na totalização dos sete meses, todos os grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo positivo no país, com destaque para o setor de serviços, com a geração de 756.263 novos postos.
Somente em julho (resultado mais recente divulgado pelo órgão), o país gerou 316.580 novos postos, advindos de 1.656.182 contrações e 1.339.602 desligamentos.