A direção da Santa Casa teve de improvisar, nesta semana, um leito de UTI (unidade de terapia intensiva) para abrigar uma paciente que já estava internada.
A aposentada Maria Rita Paes Camargo havia dado entrada no hospital na semana passada, estava em leito “comum”, mas necessitava de transferência para UTI.
O hospital informou, na segunda-feira, 25, que realizaria a “adaptação” depois de a filha da idosa, Lídia Tavares, procurar a reportagem.
“Minha mãe está com pedido de internação na UTI faz dois dias. Tem problema de falta de ar, está com pneumonia. A gente implora para eles nos darem uma vaga, mas não adianta”, disse a filha.
De acordo com ela, médicos do hospital teriam recomendado que Maria Rita, de 77 anos, fosse transferida para a unidade de terapia intensiva. A UTI da Santa Casa, porém, possui somente oito leitos. Todos estavam ocupados.
Preocupada com o estado de saúde da mãe, Lídia esteve na secretaria da provedoria em duas oportunidades.
“Eu até nem posso estar passando por isso. Tenho marca-passo e, recentemente, tirei um seio. Estou passando todo esse nervo e eles não fazem nada”, alegou.
A provedora do hospital, Nanete Walti de Lima, informou à reportagem que a situação da aposentada estava sendo analisada. De acordo com ela, a diretoria tinha conhecimento da recomendação médica para a transferência. Entretanto, Nanete alegou que o hospital não possuía vaga disponível na UTI.
“É necessário aguardarmos que um paciente tenha alta para que possamos encaminhá-la para lá”, explicou. Nanete, entretanto, informou que, por conta da situação da paciente, a diretoria decidiu improvisar um leito na unidade de terapia intensiva.
“Estamos alugando equipamentos para que possamos atender à paciente. O que nós pedimos é um pouco mais de paciência, que a situação dela vai se resolver, mas nós não podemos tirar um paciente que já está internado na UTI para colocar a mãe dela, mesmo com recomendação médica”, sustentou a provedora.