A presidente do Sindserv Tatuí (Sindicato dos Servidores Públicos de Tatuí e Região), Maria Cláudia Adum, disse ter considerado o acordo feito com a Prefeitura como benéfico aos servidores públicos, levando em consideração a atual situação econômica nacional e os balanços financeiros da municipalidade.
Para a sindicalista, nas primeiras reuniões com representantes da Prefeitura, os funcionários públicos acharam que poderiam sair “sem nada”, como ocorreu em algumas cidades paulistas.
No acordo firmado com a Prefeitura e ratificado por assembleia geral, o município pagará, a título de reposição inflacionária, 9% de reajuste, dos quais 4% são referentes ao dissídio do ano passado. Será acrescentado aos vencimentos dos servidores 1% ao ano. O acordo termina em 2026.
“A Prefeitura está com alerta do TCE (Tribunal de Contas do Estado) e não pode dar aumento ao funcionalismo. A saída que conseguimos foi dar o aumento pelo cartão alimentação, que não impacta na folha de pagamento”, explicou.
Servidores de diferentes faixas salariais sentirão o aumento na cesta básica de formas diferentes. Os trabalhadores que recebem até R$ 2.000 por mês serão os que terão maior acréscimo em termos percentuais, de 5%, o que repõe a inflação de 5,02% calculada pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
“A grande maioria dos servidores ganha R$ 1.000 de salário-base, e, para eles, representa 10% de incremento. Em um momento de crise, tem que pensar em quem ganha menos, infelizmente. A gente gostaria de dar aumento igual para todos. Mas, nesse momento de crise, pensamos em quem ganha menos”, justificou.
Entretanto, o aumento no cartão alimentação não tem impacto nas aposentadorias dos servidores. Pensando nisso, o governo e o sindicato acertaram aumento anual de 1%, por nove anos. No ano que vem, dependendo da situação econômica nacional, a Prefeitura poderá dar o índice de inflação mais um ponto percentual.
Além da folha de pagamento, o Sindserv conseguiu consenso para uma reivindicação antiga dos monitores de creche. Os trabalhadores da categoria passarão a ter jornada de trabalho de seis horas diárias.
Além disso, os professores de pré-escolas terão a hora/aula igualada às dos outros docentes, em 50 minutos. Por dia, os professores do “pré” receberão uma hora/aula a mais.